sábado, 17 de outubro de 2009

Clube De Combate Dos Poetas Mortos




“Clube Dos Poetas Mortos” foi uma grande obra cinematográfica? Foi sem dúvida nenhuma, embora eu não consiga deixar de lamentar a falta de violência e acção que geralmente mantém as pessoas acordadas ao longo de qualquer filme. “Clube De Combate” foi um grande filme? Foi sim senhor, mas penso que lhe faltou a respectiva profundidade educativa e cultural. Por tudo isso, o melhor mesmo seria pegar no primeiro filme e introduzir-lhe a rambóia do segundo. A história de um professor de poesia numa academia de ensino preparatório, que utiliza métodos de ensino muito pouco convencionais para transmitir o conhecimento aos seus pupilos… porrada da velha! Como a própria expressão indica, a ideia não é de todo original, com certeza que já terão ouvido pais e avós a dizer que no tempo deles é que era… ou te portavas em condições e sabias as respostas, ou estavas imediatamente a levar pela medida grande. Ironia das ironias, é que anos mais tarde a vingança é servida. Se antes os professores batiam por não saberes a resposta, nos dias de hoje é provável que sejam eles próprios espancados por fazerem a pergunta. E ainda dizem que não honramos os nossos antepassados. Voltando ao que interessa, o filme retrata a história de um grupo de jovens estudantes numa academia de tradições bastante conservadoras, e cujos princípios se baseiam em quatro pilares fundamentais: Tradição, Honra, Disciplina e Excelência. Escusado será dizer que o que eles queriam mesmo era sexo, futebol, álcool e drogas mas na impossibilidade disso acontecer, dedicam-se a um dos piores flagelos da sociedade… a poesia! Ao mesmo tempo, a grande maioria dos pais destes alunos exerce enorme pressão sobre eles, uma vez que já idealizaram o futuro dos filhos, e não permitem que eles se desviem minimamente do plano traçado. A rapaziada encontra um escape, quando conhece o professor de poesia, um tipo com um método de ensino pouco usual, e que entre outras coisas lhes transmite a ideia de que eles devem fazer valer a sua opinião, e não se deixar influenciar por opiniões externas. Mas não terá sido isso que ele acabou exactamente de fazer? Além disso, e para que os pupilos conseguissem libertar o stress causado pela pressão dos pais, e melhor assimilassem o estudo, leva-os a conhecer um grupo restrito de pessoas com iguais objectivos, e que têm por hábito reunirem-se e libertarem todas as angústias na forma de batatada. Combates um contra um, sem sapatos e sem camisa, que só terminam quando um dos dois desiste ou demonstra que percebe menos de poesia do que o outro. Parece que já estou a imaginar dois tipos, um a declamar Whitman, outro a declamar Byron, e zás, toma lá que já levaste um banano… parece que hoje, Byron foi realmente melhor!

sábado, 10 de outubro de 2009

Cinema Luso




Não gostaria de estar aqui neste post a discutir se o cinema português é ou não melhor do que o cinema norte-americano, até porque seria bastante estúpido da minha parte estar a discutir comigo mesmo; No entanto gostaria de destacar alguns dos pontos positivos que consigo encontrar no cinema português, e passo a enumerar ……………… pronto, já está!... Não, agora sem brincadeiras ……………ok, terminei!
Tudo bem, estou a ser um pouco pessimista demais pois acabei de me lembrar que nem tudo é mau no nosso cinema e passo a exemplificar com o filme “Branca de Neve” de João César Monteiro. O filme, apesar de não ser muito recente (2000), torna-se bastante fácil de reter na memória pois caracterizava-se pela pequena particularidade de todo ele ser uma imagem negra onde apenas se ouviam de fundo, as vozes dos actores. E andei eu, feito estúpido, estes anos todos a pensar que para se fazer um filme seria necessário talvez filmar! O tanas é que é! Aliás, todos nós sabemos que bastam apenas os diálogos dos filmes portugueses para dar a vivacidade suficiente a qualquer película cinematográfica, mantendo-nos agarrados do princípio ao fim do filme. Alguns leitores poderão estar a pensar “Mas um filme assim deve ser uma grande bosta!” …. Claro que sim, mas o meu raciocínio vai mais além… João César Monteiro é um visionário, um pioneiro do cinema neo-noir e inclusivamente já tem seguidores nos Estados Unidos.
Se têm estado atentos ao cinema internacional, recordar-se-ão dos filmes “Sin City”, “300” e “The Spirit”, alguns deles escritos, outros realizados ou ajudados a realizar por Frank Miller. Estes filmes têm a característica única de serem bastante sombrios e alguns deles são até maioritariamente a preto e branco. Ora eu estou convicto que Frank Miller é um wannabe de João César Monteiro, mas no entanto ainda sem a qualidade suficiente para atingir a perfeição do mestre e retirar também o branco das películas, deixando apenas o preto e realizando assim uma verdadeira obra-prima.
Posto isto, resta-me esperar ansiosamente pelo dia em que os tremendos avanços tecnológicos que virão no futuro, venham a permitir mais uma evolução fantástica do cinema, e consigamos atingir o feito praticamente utópico de realizar um filme mudo em Portugal. Manoel de Oliveira tem feito algumas tentativas, é certo, mas ainda um pouco frustradas, diga-se! … ou então ainda, e esta é uma ideia minha, poderemos tentar atingir a perfeição total aproveitando o fundo preto já existente, retirando todo o som, introduzindo apenas um pouco de estática e voilá, candidato a melhor filme no festival de Cannes.
Será só uma questão de tempo, por isso futuro cá te aguardamos!

sábado, 3 de outubro de 2009

Cheira Bem... Cheira A Estrume




É com grande prazer que volto hoje com um tema que poderá eventualmente não ser do agrado de todos, mas paciência… agrada-me a mim e é o que interessa, ou não fosse eu uma das pessoas mais importantes na minha vida. Até me poderiam pedir para escrever sobre um qualquer drama deprimente, mas se há coisa para a qual não tenho grande jeito, é para escrever enquanto tento algo parecido com um enforcamento… é tudo uma questão de prioridades! Foi por essa razão, que na senda do primeiro super-herói português “Walvarinho”, esgalhei agora o segundo. Tendo como exemplo o “Homem-Aranha”, pensei em criar o “Homem-Morcego”, mas não sei porquê, chamem-lhe instinto, pareceu-me que não iria ter grande sucesso, e à falta de melhor, avancei com o incrível “Homem-Escaravelho do Estrume”. Para quem não sabe, o escaravelho do estrume, para além de ser considerado o animal mais forte do planeta, é aquele insecto que é uma espécie de Maradona das fezes. O que ele faz, é fazer-se acompanhar para onde quer que vá, por uma rechonchuda bola de merda. Ele come-a, dorme com ela, conversa com ela, e até vai passar férias ao estrangeiro com ela, tudo isto enquanto a conduz com as patitas, de um jeito só ao alcance do pequenito génio da bola. É nesta altura, que toda a gente já se apercebeu aonde isto vai parar. Toni (nome fictício), pois se o chamasse de Joaquim José da Silva, era parvo, porque estaria a revelar a sua verdadeira identidade, era um indivíduo vulgar, com uma vida normal, até ser picado por um escaravelho do estrume. A primeira sensação foi de mau estar, como se estivesse adoentado, depois foi surpreendido por um aumento brutal da sua capacidade física, um apuramento de todos os seus sentidos, e por uma vontade enorme de sair mundo fora a juntar merda com palha e a construir bolas enormes com a matéria-prima daí resultante. Posto isto, escusado será dizer que o principal super-poder do nosso herói, será um hálito a retrete pública que ninguém aguenta. Parece que já estou a ver o gajo a dizer ao malfeitor “Anda cáaaa, que eu só quero conversar contigo!”… ao qual ele responderia imediatamente “Rendo-me, se prometeres que não abres mais a boca!”. Outras capacidades incríveis adquiridas são, o corpo que é agora uma espécie de couraçado impermeável a qualquer arma de fogo, a bola gigante de cocó que ele conduz e que pode ser utilizada como rolo compressor de bandidos, e além disso, bolas mais pequenitas que ele pode usar como projécteis para atingir os adversários. Para a trama do filme, estava a pensar numa história original em que o vilão, é o pai do melhor amigo, um cientista louco, que quando lhe vê serem retirados os fundos para o desenvolvimento do seu projecto, e na tentativa de provar que o mesmo é útil e viável, começa a utilizar o protótipo entretanto construído, para praticar o mal. Não, não era uma prancha voadora mas sim um carrinho de rolamentos a energia solar, porque os portugueses pensam primeiro no ambiente e na preservação do planeta (gargalhada generalizada). Para terminar, resta-me dizer que na minha opinião, este super-herói é ideal para um país como Portugal, pela simples razão de que aos anos que andamos por cá a fazer merda, material para ele laborar não vai faltar com certeza.

sábado, 26 de setembro de 2009

Fim-De-Semana...?




Assim que me surgiu na carola, a ideia de fazer algo interessante com o filme “Fim-de-Semana Com O Morto”, comédia do final dos anos oitenta que retrata a história de dois amigos falhados que são convidados a passar o fim-de-semana na casa de praia do patrão, mas que ao chegarem lá se apercebem que o patrão está morto, e ao invés de chamarem a polícia, decidem aproveitar o fim-de-semana tentando fazer toda a gente acreditar que o tipo está vivo, não demorei em imaginar mistura-lo com o clássico porno português “Fim-de-Semana Lusitano”, dando origem talvez, ao primeiro filme da industria pornográfica dedicado à necrofilia, intitulado “Fim-de-Semana Lusitano…Com O Morto”. Ora, não podendo eu confirmar publicamente que alguma vez tenha visionado o filme “Fim-de-Semana Lusitano”, vamos então supor que um conhecido meu, viu e me contou assim por alto. Para quem não sabe, garanto desde já que é uma das melhores comédias portuguesas de todos os tempos… e já estou a contabilizar o recente “Second Life”. Chamo particular atenção para a cena brilhantemente conseguida, em que uma das protagonistas se acaricia no quarto quando é surpreendida por uma segunda gaja em lingerie, que emite a profunda questão/afirmação “O que estás a fazer?... isso é pecado, é feio… não deves fazer isso!” Como reagiu a inquirida à questão colocada? Desata a rir de uma maneira espontano-badalhoca que não me pareceu que estivesse minimamente no guião (se é que ele existiu). Prova disso, e da capacidade de improviso da devota seguidora de Cristo que inquiriu, vem de seguida, “ Não te rias…porque eu não quero que tu te rias” Claro que não, pensei eu imediatamente, se existem duas coisas que devemos levar a sério cá por estes lados, uma é a grave crise económica que o país atravessa, e a outra é a auto-estimulação clitórica. Mas não me interpretem mal, eu aprecio a espontaneidade, e se pudesse, eu mesmo lhes daria um Óscar bem dado. Posto isto, e depois de sentir que contribuiu em larga escala para o meu amadurecimento como pessoa (completei agora 12 anos, portanto), decidi que seria demasiado arriscado fazer agora a minha primeira incursão no porno, uma vez que este blog se encontra actualmente no top ten do Vaticano. Vamos lá a ver então… um morto… um morto… ah, já sei! O gajo do “Corvo” também estava morto, por isso porque não “Fim-de-Semana Com O Morto… Vivo”, a história de dois tipos que são convidados a passar o fim-de-semana na casa de praia do patrão, e que assim que lá chegam se deparam com uma situação em que o patrão foi violentamente assassinado por um grupo de bandidos, e que voltou do mundo dos mortos, guiado por um corvo com o qual ele mantém uma forte ligação, tão forte que magoando o corvo, magoam-no a ele também. O objectivo do morto-vivo é vingar-se de todos os que participaram no seu assassinato, ao passo que o dos dois convidados, é de tentar evitar que ele se meta em mais sarilhos, protegendo o corvo, e limpando as cagadelas do mesmo que entretanto já começaram a corroer o verniz da mobília um pouco por toda a casa. Será que vão conseguir?... O suspense mantém-se!

sábado, 19 de setembro de 2009

Sete Pecados Mortais No Tibete




Com a Segunda Guerra Mundial praticamente a anunciar-se, num mosteiro tibetano, um assassino anda à solta. Ao que parece, alguém anda a assassinar monges, utilizando os sete pecados mortais como justificação, e tendo como modus operandi (aí está, a minha primeira incursão no latim) a elaboração de complexos cenários em que as vítimas são mortas de maneiras diferentes consoante o pecado que tenham eventualmente cometido. Penso que esta é a altura apropriada para fazer um aparte dizendo: Dan Brown, toma lá que é para aprenderes! Para tentar resolver estes crimes, é destacado um detective austríaco que curiosamente também é alpinista e se encontra por perto, pois acaba de abandonar a esposa grávida para ir escalar um dos picos mais complicados do mundo. Assim que chega ao Tibete, começa a visitar as diversas cenas dos crimes, sendo que a primeira delas é chocante, uma vez que obrigaram um monge a comer amendoins até morrer empanturrado… comeu três, portanto! Logo de seguida testemunha com horror um cenário em que outro monge foi supostamente assassinado por ter ido ao barbeiro, e ter pedido para lhe apararem as pontas do cabelo pois estavam a ficar espigadas… o barbeiro fez o que ele pediu e aplicou-lhe uma gillette na cabeça. O que a vaidade obriga as pessoas a fazer. O próximo monge a pisar o risco, foi um tipo que ao que parece terá pedido ao cozinheiro da cantina uma posta à mirandesa, uma vez que só gostava de comer carne. Ora, toda a gente sabe que se deve renunciar os prazeres carnais, sob o risco de se ser acusado de cometer luxúria… comesse antes uma posta de pescada cozida. Avareza, cometeu o gajo que ao ver um amigo necessitado de um transplante de coração, e tendo ele ao que parece um suficientemente grande, não se ofereceu para lhe ceder parte e salvar-lhe a vida, e por isso ficou sem ele na totalidade. Quem não escapou também e levou por tabela, foi o outro gajo, porque convenhamos, ter só meio coração a funcionar correctamente, é claramente um indício de que a preguiça se começa a apoderar do indivíduo. Quanto aos últimos dois pecados, o assassino guardou-os para ele próprio e para o detective. Para ele deixou a inveja, uma vez que sempre desejou ser alpinista, e começou aos poucos a cobiçar a vida do nosso herói. Para o detective deixou a ira, pois assim que lhe rouba o material de escalada, é-lhe permitido experienciar, a sensação de corrente de ar que um tiro na cabeça consegue provocar. No final, e quando ele pensava que seria elevado a herói nacional, rebenta a guerra, e como ele se encontrava em território inglês, é considerado inimigo e é feito prisioneiro de guerra, o que o leva a realizar o eufórico comentário “Caraças, que já me lixei!”. No entanto, nem tudo é mau nesta situação, e o facto de ter bastante tempo disponível, e de ser nesse momento o único estrangeiro no Tibete, faz com que venha a ter o privilégio de poder brincar aos índios e aos cowboys com um jovem Dalai Lama a sair da casca.

sábado, 12 de setembro de 2009

Sozinho Em Cas...Per




Para aqueles que nunca terão visto o filme “Sozinho em Casa” a minha pergunta é “Por onde andaram nos últimos quase vinte anos?”. Eu próprio devo-o ter visto de livre e espontânea vontade pelo menos duas vezes, sendo que só não o vi mais vezes nos últimos dezoito anos, graças a uns reflexos dignos de um lémure consumidor de ecstasy, os quais apliquei sempre que praticava o zapping no meu televisor, mais ou menos por altura das comemorações natalícias. Cada vez que nos aproximamos do Natal, há duas coisas que podemos tomar como certas, mais um novo ano que se aproxima, e que alguém vai levar com o puto ranhoso que insiste em ser abandonado pelos pais. Se fizermos um esforço, poderemos ver ainda que Macaulay Culkin se aparenta bastante com o protagonista do segundo filme, senão reparem no tom de pele cor de cal e na categoria com que conseguiu desaparecer do cinema num ápice. Em relação ao segundo filme, devo começar por salientar que estou a usar o título em inglês, não por dar mais jeito para fazer o trocadilho, mas acima de tudo porque fantasma que é fantasma não pode correr o risco de dizer “Olá, eu sou o Gasparzinho, e estou aqui para vos assombrar… buuhh!” Meu Deus… que medo… acho que me saiu uma gotinha. Juntar os dois filmes, é uma parvoíce tal, só equiparada pela ideia de terem feito um “Sozinho em Casa 3”, em que foram obrigados a mudar de actor principal, ou correríamos o risco de ainda hoje termos que levar com o gajo já perto dos trinta anos, em qualquer coisa tipo “Sozinho em Casa de Alterne”. Este novo filme foca um tema para o qual devemos todos ser alertados… os casais que nunca ouviram falar em contracepção e que no entanto gostam de lhe dar como se fossem coelhos! O problema é que são tantos os filhos, que quando querem ir de férias, fica sempre um esquecido. Casper é um fantasminha vítima disso mesmo, de repente vê-se sozinho e abandonado em casa, a qual ele pretende assombrar de uma maneira que venha a orgulhar os seus pais. O problema é uma dupla de bandidos que vê no facto de a casa estar vazia, uma oportunidade para a assaltar. Casper vai ter que fazer de tudo para evitar que isso aconteça, e começa a espalhar armadilhas por toda a casa, e principalmente nos possíveis pontos de entrada para os larápios. Impressionante é a capacidade dos bandidos caírem em todas as armadilhas, e de o fazerem alternadamente, possibilitando que possamos visionar tranquilamente a estupidez de ambos. Espaço ainda pelo meio para as habituais traquinices em casa, como por exemplo comer doces sem os pais saberem, descer escadas de trenó, e inclusive a cena em que Casper experimenta fazer a barba e aplicar after-shave. Macacadas hilariantes a não perder, principalmente se tiver menos de cinco anos ou um severo atraso mental.

sábado, 5 de setembro de 2009

Sei O Que Fizeste O Biberão Passado


                                               HORINHA DA MAMA PEQUERRUCHO!

Faz hoje uma semana que passaram sete dias em que me deu na bolha misturar “Olha Quem Fala” com “Sei o Que Fizeste o Verão Passado”. No primeiro filme temos um recém-nascido que tem como dom principal, a característica única dos seus pensamentos fluírem em forma de voz do Bruce Willis; será que nunca ninguém terá desconfiado e pensado que se calhar o pirralho era filho dele? … Até no penteado são iguais. No segundo filme temos uma série de adolescentes inconscientes, que por acidente atropelam mortalmente um homem misterioso, que volta a aparecer no ano seguinte, com o intuito de os assassinar de variadas maneiras, algumas das quais eu cheguei a equacionar aplicar ao John Travolta quando assisti ao primeiro dos filmes em questão. O novo filme retrata a história de um recém-nascido, que depois de ter feito menos cocó e chichi na fralda do que o costume, decide ir até à praia com os amigos comemorar o acontecimento, mas levando no entanto, uma embalagem de descartáveis à cautela. E pronto, um gajo já sabe como é que é, quando se vai a uma festa na praia, principalmente de fralda, temos tudo para ser o centro das atenções. Com tudo o que era gaja a fazer-lhe olhinhos, ele faz o que qualquer homem faria… mete-se nos copos para ganhar coragem. Depois de grande festarola, de ter ingerido pelo menos uma grade de biberões de leite morninho, e de já quase não se aguentar em pé de tanto soninho, decide voltar para casa com os colegas, conduzindo o seu carrinho de bebé, com uma taxa de calciolémia muito superior à permitida por lei. Durante a viagem, e quando vinha a conduzir ao mesmo tempo que bebia mais um biberão, lia um livro de prevenção rodoviária, e tocava a musica do Noddy em castanholas, atropela acidentalmente um homem vestido de pescador que se atravessa à frente da sua viatura não motorizada. Assim que se apercebe do que aconteceu, decide imediatamente fazer aquilo que qualquer pessoa responsável faz numa situação deste tipo… não, não é fugir meus bandidos, é certificar-se que o tipo está morto, e com a ajuda dos amigos, livrar-se do corpo atirando-o de uma falésia, uma vez que se chamasse a polícia, poderia ir preso por conduzir sobre o efeito de cálcio. Assim que chega a casa, e para esquecer o que aconteceu, prepara-se para mamar mais um biberão de leite morno, quando recebe uma mensagem por pombo-correio, que diz o seguinte: “Sei o que fizeste o biberão passado!”. Oh, meu Deus! Assustado, rapidamente pensa que poderá ter sido algum dos seus amigos na brincadeira, mas assim que eles começam a cair como tordos em época de caça, apercebe-se que o assunto é mais sério do imaginava e que tem de lutar pela sua sobrevivência, ou no mínimo, lutar para não levar um grande tautau… o maroto!

sábado, 29 de agosto de 2009

Realizadores Vs. Taco De Basebol Nas Trombas




De há uns anos para cá, o que parece estar na moda, talvez por falta de ideias originais, é tentar juntar duas personagens cinematográficas que tenham obtido determinado sucesso, e tentar criar uma porcaria qualquer que posteriormente tentam apelidar de filme. De certo modo, fazem com as personagens, um pouco o que eu tento fazer com alguns filmes, sendo que a principal diferença, é que eu tenho consciência que o resultado final vai ser uma boa merda, ao passo que outros tentam ganhar a vida a fazer isso. Um bom exemplo intitula-se “Alien Vs. Predator”; dois bicharocos que na minha opinião, em separado fizerem um óptimo trabalho a aterrorizar a malta, e que graças à brilhante ideia de os juntar no mesmo filme, tiveram agora direito a estrear-se na área da comédia. Outro caso semelhante, é o de “Freddy Vs. Jason”; de certeza que toda a gente se lembra dos vários “Pesadelos em Elm Street” e do clássico “Sexta-Feira 13”… de juntar os dois protagonistas principais num só filme, e borrar a pintura, só se lembrou um gajo que ao que parece, dizem que é realizador de cinema! Se calhar já estava na altura de fazer outra palhaçada parecida, qualquer coisa estilo “Shrek Vs. Kung Fu Panda”, “Indiana Jones Vs. Jack Sparrow”, ou o tão aguardado e assustador “Chucky Vs. Marilyn Manson”, filme este que para dar mais pica, eu aconselho a ser visionado sozinho, numa noite de lua cheia e sentado em frente ao televisor apenas com um balde de pipocas, um pack de cerveja e uma muda de cuecas lavadas… não vá o diabo tecê-las! Outra situação que me tem irritado no cinema ultimamente, é a falta de qualidade dos remakes que têm sido feitos. Pude visionar há pouco tempo atrás o novo “Sexta-Feira 13”, e não pude deixar de reparar que o facto de o terror ter baixado drasticamente de qualidade, é nos dias de hoje compensado por uma ou duas teenagers boazonas que têm como problema principal, o facto de não conseguirem evitar andar constantemente com as mamas ao léu… problema delas obviamente, porque por mim tudo bem; o meu problema é que agora estou tão habituado a esse pormenor, que ver um filme de terror sem mamas, é para mim o equivalente a ouvir três músicas seguidas do Marante, sem ainda ter ingerido pelo menos quatro malgas de vinho tinto… simplesmente não consigo assimilar toda a genialidade envolvida no processo!
Comentário final para o mau da fita, cuja deficiência, ao que parece não está apenas na cara, mas também numa resistência sobre-humana a ferimentos, e à dor por eles infligida. O gajo resiste a facadas, a tiros, a rolos compressores, a enforcamentos, a fisgadas, e muito possivelmente até ao caso extremo de uma unha encravada, o que me leva a pensar que devíamos aproveitar todo esse potencial e aplica-lo num filme ao melhor estilo hollywoodesco que se poderia talvez intitular “Jason Vs. Al Qaeda”… era limpinho, não?

sábado, 22 de agosto de 2009

Prego A Fundo




Depois de uma semana, em que todos nós seguimos com entusiasmante expectativa, a estreia de dois dos blockbusters porno deste verão… com certeza já se aperceberam que me estou a referir a “Idade do Grelo 3”, e ao previsível êxito de bilheteiras “O Fabuloso Pepino de Amélie Poulain”… é somente natural que escreva agora uma crónica que tenha tudo a ver com o tema. Vou portanto falar de desportos motorizados. E para isso, nada melhor do que escolher um dos êxitos da carreira de Tom Cruise, intitulado “Dias de Tempestade” e transformá-lo na versão portuguesa “Dias de Trovoada com Possibilidade de Chuviscos Durante a Tarde”. A história gira em torno de um piloto amador de automóveis, cujo único sonho é conseguir correr na principal competição motorizada do país… a Nascarjacking … uma espécie de Nascar, mas onde o objectivo principal é interceptar e surripiar o maior número de viaturas concorrentes. As coisas começam a correr de feição, quando consegue angariar um patrocínio que lhe permite ingressar numa equipa profissional e na competição tão desejada, mas cedo se apercebe que as dificuldades irão ser muitas, uma vez que enfrenta concorrentes bastante experientes na arte do gamanço. Ao fim de algumas provas, vê-se envolvido num aparatoso acidente com o seu principal rival, e é transportado para o hospital, onde é assistido por uma médica boazona, pela qual ele se apaixona de imediato, e a qual ele convida nesse preciso momento para ir beber um saco de soro fresquinho e comer um pires de tremoços. Ao mesmo tempo, o rival descobre que tem um problema de visão, que em linguagem clínica é habitualmente conhecido pelo nome de “não ver a ponta de um corno”, e que se está a agravar, o que futuramente o vai impedir de competir. Outrora rivais, tornam-se então grandes amigos, e o nosso protagonista, ainda chocado por ver como é frágil a carreira de qualquer piloto, vai fazer de tudo para ganhar a competição e dedicá-la ao seu mais recente amigo. Temos ainda que suportar aquele pingue-pongue lamechas entre uma namorada constantemente preocupada e amuada pelo risco que o seu amado corre, sempre que faz uma corrida, e o namorado que se está profundamente a cagar para isso, pois não imagina passar um dia sem ter sido premiado pelo menos com uma overdose de adrenalina e uma conta de bate-chapas de bradar aos céus. Tempo ainda pelo meio para a típica relação pupilo/professor, entre o nosso piloto e o velhote que é o chefe da equipa para a qual ele corre, em que para variar um bocadinho, inicialmente o piloto não faz o que o velho diz, e embora todo o potencial esteja claramente presente no indivíduo, as coisas começam a correr mal… é só uma questão de esperar pelo final do filme, que é quando geralmente os artistas se apercebem que está escrito no guião que em última instância têm que vencer.

sábado, 15 de agosto de 2009

Visão Impossível




De certeza que toda a malta se lembra do filme “À Primeira Vista”, um drama que retrata um agente secreto, que pertence a uma equipa de agentes secretos, recebendo planos secretos, para executar missões ultra secretas… Mais não posso dizer porque é segredo, ok! Por outro lado temos o incrível filme de acção “Missão Impossível”, a história de um cego, que curiosamente não consegue ver, e que graças a uma operação inovadora, consegue ver o mundo pela primeira vez, sendo que passado pouco tempo, deixa de ver novamente devido a uma incompatibilidade de horários com os respectivos órgãos oculares… Ou se calhar troquei os enredos, uma vez que ultimamente ando com a memória tão fresca como uma bosta de cavalo no asfalto depois de dois dias em que os termómetros ultrapassaram largamente os 60°C à sombra. Voltando ao que interessa, vamos então dar largas à imaginação e criar o primeiro agente secreto cego da história de Hollywood, o tipo de agente secreto que na sua primeira missão de espionagem, em que imaginemos, teria de ir a um baile de máscaras, vestiria a sua fatiota Sadomasoquista em látex vermelho, e entraria por engano no edifício ao lado, que por coincidência era uma mesquita muçulmana em hora de oração… ora aí está uma bela história para mais tarde contar aos netos! De qualquer maneira, a história começa com o nosso herói e a sua equipa, numa missão que dá para o torto e em que morrem praticamente todos os seus companheiros, incluindo o seu líder e mentor (ou pelo menos ele assim o pensava), e que o deixa como principal suspeito de toda aquela trapalhada. Inicialmente ele não vê a sua situação com bons olhos (1ª chalaça), mas mais tarde veio a aperceber-se que a verdade esteve sempre à frente dos seus olhos (2ª chalaça), e que na verdade o responsável por toda aquela desgraça, foi desde o início, o seu velho amigo e mentor. Rapidamente elabora um plano de vingança, que na sua óptica (3ª chalaça), serviria para limpar o seu nome e apanhar o verdadeiro mau da fita, chegando mesmo a dada altura do filme, a dizer a célebre frase “Comigo é assim… olho por olho!” (4ª chalaça). Todo o restante filme, é uma variedade de momentos de acção, estilo penetrar em instalações de alta segurança, escalar edifícios de 5.000 andares, saltar de comboios em andamento, e inclusive atirar-se de pára-quedas de um passeio alto, para a berma da estrada… uma loucura portanto. Tanto mais que as principais dificuldades em realizar todas estas proezas, seriam não só evitar magoar-se com a bengala, mas fundamentalmente convencer o cão guia a alinhar nelas também.

sábado, 8 de agosto de 2009

Barbaridade Duvidosa




Juntando “Conan – O Bárbaro” com “Sweeney Todd – O Terrível Barbeiro de Fleet Street” surgiu-me a ideia de criar o musical “Conan – O Barbeiro”. O simples facto de imaginar Conan a cantar e a dançar, além de me levar imediatamente às lágrimas, também me parece à partida pouco viável, mas de qualquer maneira sinto-me impelido a tentar.
Conan nasceu há milhares de anos atrás numa pequena aldeia da Ciméria e como qualquer rapaz da idade dele gostava de brincar, de saltar e de jogar playstation com os amigos, até que a sua aldeia é atacada por um grupo de guerreiros sanguinários comandados por um senhor do mal, sendo que ao mesmo tempo que os seus pais são assassinados, Conan é feito prisioneiro para que futuramente trabalhe como escravo. Conan cresce, e graças aos trabalhos forçados, torna-se um homem forte e com apenas uma coisa em mente… barbear homens de barba rija… ah, é verdade, e vingar-se do mau da fita pela morte dos seus pais.
Certo dia, aproveitando a folga para o almoço, Conan consegue fugir do seu local de trabalho forçado e sair do país, onde vem a aprender tudo sobre a arte de ser barbeiro. Os anos passam, mas o desejo de sangue não, e Conan decide que está na hora de voltar à Ciméria e iniciar o seu plano de vingança. Ele é agora um homem bastante mudado, não só fisicamente como mentalmente, e apesar de ter um aspecto bastante sóbrio, está completamente passado dos cornos. Assim que se instala na Ciméria, Conan abre uma barbearia de seu nome “O Bigodes”, onde começa a degolar todos os clientes que lhe aparecem à frente e não apenas aqueles que considerava culpados pela sua miséria.
Era uma questão de tempo até ser apanhado pelas autoridades policiais, e assim que foi preso, pediu para ser extraditado e julgado em Portugal. Em tribunal alegou que o motivo de degolar tantas pessoas, foi porque não utilizava uma navalha de barbeiro convencional, mas sim uma espada de guerreiro cimeriano que teria herdado, e que pesava cerca de doze quilos, o que faria com que a sua mão não fosse tão precisa… perfeitamente aceitável! Escusado será dizer que Conan foi absolvido e recebeu uma choruda indemnização que imediatamente doou à Liga Protectora dos Barbeiros Sanguinários e ao grupo de apoio psicológico Barbeiros Anónimos.

sábado, 18 de julho de 2009

Ninja Am...Quê?



Pergunta: Quem se lembra de um dos maiores filmes de arte marciais dos anos oitenta intitulado “ Ninja Americano”?

Resposta: Eu, e é nestas alturas que tenho pena de ainda não ter sido abalroado por um invulgar e galopante surto de Alzheimer… ou se calhar já fui e não me lembro… adiante.
É incrível admirar a capacidade dos americanos em particular, de se adaptarem às diversas culturas espalhadas pelo mundo inteiro e inclusive de se superiorizarem em algumas práticas aos próprios nativos dessas culturas, senão vamos a ver… ele é ninjas, ele é samurais, ele é o estares a ser atacado por leões famintos em plena savana africana e o melhor caçador africano que desenrascam, é um americano que por acaso vive em África há ano e meio, e estrangula felinos com as próprias mãos, enfim… mariquices. Nunca se terão eles lembrado de adoptar uma cultura que por si só é sinónimo de macho, como a portuguesa?; caso viesse a acontecer poderia estar aqui hoje a falar de filmes como o incontornável “Pauliteiro Americano” ou o imprescindível “O Último Vendedor de Bifanas”, com certeza blockbusters do cinema mundial.
Acerca do filme em questão só me apetece fazer a sua versão maricas convertendo-o no “Ninja Amaricado”. Atenção, eu disse maricas e não homossexual, pois nada tenho de pessoal contra os segundos, uma vez que na teoria quantos mais forem, mais gajas sobram (é fazer as contas); na prática, pelo que me tenho vindo a aperceber não têm sobrado é para mim, o que me deixa bastante revoltado, e por isso gostaria de pedir a quem tem ficado com as minhas que as devolvesse imediatamente.
O filme começa por contar a história de um tipo solitário e errante, especialista em artes marciais que é capturado pelas autoridades, ainda não sei muito bem porquê, e lhe é dado a escolher entre a prisão e o serviço militar. O gajo fica indeciso pois nas duas pode conhecer muito macho, mas acaba por escolher a segunda pois sempre teve um fraquinho por gajos de farda. É imediatamente destacado para as Filipinas onde a primeira missão do seu pelotão é a de transportar uma quantidade enorme de munições para a sua base. Durante a viagem o pelotão é atacado por um grupo rebelde que rouba todas as munições, assassina todos os militares, excepto ele, e ainda consegue raptar a filha do coronel responsável pela base militar, que por um acaso só ao alcance de Hollywood também viajava com eles. O gajo enerva-se pois no meio da confusão estragou uma unha de gel e parte imediatamente atrás dos rebeldes, não porque algum deles fosse bastante giro, mas porque a sua toilette estava arruinada, uma vez que no meio do material roubado, ia o seu cinto de munições em tom pastel que combinava com a sua farda. Escusado será dizer que recuperou o cinto… deixou a gaja morrer… e ao voltar à base mudou de ideias, e decidiu deitar o cinto fora pois achou que afinal até não lhe ficava assim tão bem.
Posteriormente, ao receberem a notícia que a base iria ser atacada pelos rebeldes, percebe que irá ter que recorrer a toda a sua arte ninja para os derrotar, nem que para isso tenha que utilizar as suas estrelas ninja com purpurinas, as suas matracas Christian Dior, os mocassins demolidores ou até mesmo o seu écharpe camaleão que lhe permite ficar invisível.
É portanto um filme igual a todos os outros do estilo, pecando por isso na falta de originalidade!

sábado, 11 de julho de 2009

Chispe-Men Origins:Walvarinho


                                 GANDA BEZANA, NÃO DEVIA TER ROÍDO AS UNHAS!

Depois de uma série de histéricos e humilhantes pedidos, todos eles eventualmente efectuados por mim mesmo, para que criassem finalmente um super-herói português, eis que decidi pôr mãos à obra, e criar “Walvarinho”, o equivalente tuga ao já conhecido “Wolverine”, membro do famoso grupo de super-heróis “X-Men”. Se o gajo original tem como particularidades, os factos de ser imortal e apresentar uma enorme percentagem de um metal indestrutível no esqueleto, o nosso protector português, apresenta uma enorme percentagem de álcool por todo o corpo, o que lhe também atribui duas características bastante similares ao original… apesar de não ser imortal, dura uma eternidade, pois toda a gente sabe que o álcool ajuda a conservar… e regenera-se com relativa facilidade, pois é já ancestral a utilização de álcool para curar dói-dóis!
No entanto, Walvarinho teve uma infância difícil, principalmente porque nunca conseguiu compreender porque era tão diferente dos outros meninos da sua idade, e principalmente porque é que quando se enervava, lhe começavam a sair videiras do meio dos dedos das mãos. Esta era uma situação muito inconveniente, pois todos os meses, o seu pai era obrigado a fazer-lhe a poda, e a convidar a restante família para as vindimas. Por este motivo, Walvarinho nunca conseguiu fazer amizades, sendo que o mais parecido com um amigo que teve em criança, foi um vizinho que tinha a habilidade de sacar sandes de couratos do nariz… quando se juntavam os dois, era festarola garantida lá em casa. Sentindo- se à parte da sociedade, decidiu fugir de casa, e contar apenas consigo mesmo a partir daquele momento. Com o passar dos anos foi aperfeiçoando a sua habilidade, de maneira que passado algum tempo, já não expelia videiras pelas mãos, mas sim garrafas de vinho com selo de qualidade… provavelmente quem neste momento está a pensar que um herói que usa garrafas de vinho para combater os fazedores do mal é uma valente merda, é porque nunca experimentou levar com uma no meio da testa e ver se tem vontade de fazer o que quer que seja. Ao mesmo tempo, Walvarinho descobre também que o exército português tem capturado secretamente outras pessoas com habilidades, com o objectivo de a longo prazo, utilizar essas habilidades para realizar o maior arraial de todos os tempos. Ele decide então ir salvar todos os que estão injustamente aprisionados, naquilo que se adivinha ser uma missão bastante perigosa; assim que consegue libertar todos os companheiros, o final do filme dá a entender que muito possivelmente se virá a formar um grupo de super-heróis conhecido por “Chispe-Men”, liderado por um homem misterioso chamado “Professor Karamba”, um gajo que tem como principal habilidade, a capacidade de sacar umas massas valentes a uma grande quantidade de otários… é portanto uma espécie de controlador de mentes!

sábado, 4 de julho de 2009

Ghandis De Nova York




Se há ponto que os filmes “Ghandi” e Gangs de Nova York” têm em comum, é o facto de serem completamente diferentes um do outro… eh pá… por vezes consigo ter pensamentos tão profundos, que se os conseguisse entender, e caso não quisesse sofrer uma embolia pulmonar, precisaria de fazer subidas graduais de descompressão para sair deles!

Enquanto que em “Gangs de Nova York”, a violência é o ingrediente principal, sendo que os protagonistas chegam mesmo a digladiar-se com facas mais grossas que as duas pernas juntas do Ghandi… já “Ghandi”, caracteriza-se pelo recurso ao uso da não-violência como forma de protesto, e com um protagonista principal, que pelo aspecto e pela fatiota, veio cinco anos mais tarde a desempenhar o papel do pirralho no filme “Três Homens e Um Bebé”. Quanto ao filme propriamente dito, passa-se em Nova York, no ano de 1863, quando a cidade era naquela altura controlada e disputada por diversos gangs; A história centra-se num rapaz chamado Zé Ghandi, um descendente de imigrantes que em criança assiste à morte do seu pai, às mãos de um líder de um gang rival que defende a expulsão de todos os imigrantes da cidade. Já em adulto regressa a Nova York para se vingar do homem que lhe destruiu a infância e honrar assim, o nome da família Ghandi. Assim que chega à cidade, Ghandi recruta um pequeno exército de imigrantes e forma um gang com o intuito de se opor ao gang rival que detém o domínio de Nova York, nem que para isso tenha que recorrer ao uso da não-violência gratuita. Chamo particular atenção para o duelo final entre os dois gangs que é deveras impressionante, com cenas de acção incríveis em que a não-violência é de tal ordem que chegam mesmo a acontecer algumas mortes não-violentíssimas; A maior parte dessas mortes são originadas por greves de fome levadas ao extremo, sendo que inclusive, dois ou três indivíduos morrem também graças a greves de oxigénio; Se por um lado, estas últimas me pareceram bastante naturais, principalmente depois de ter dado uma vista de olhos à teoria de evolução das espécies de Charles Darwin, por outro lado pareceram-me simplesmente estúpidas, pois quando Darwin a formulou, possivelmente ainda não tinha à sua disposição o recente estudo que concluia que por cada besta-quadrada que morre, nascem duas de valor equivalente. De qualquer maneira e para terminar, parece-me ser um filme bastante aceitável pois não é todos os dias que se vê um homem de fraldas a levar na tromba e a oferecer a outra face.

sábado, 27 de junho de 2009

Caça Fantasmas Vs. Em Contacto




Recordo-me com relativa saudade do tempo em que para lidar com fantasmas, podíamos sempre contar com um grupo de quatro marretas, que com umas armas especiais de feixes de protões ou lá o que era, davam cabo do canastro a qualquer alma penada que nos viesse incomodar. Pelos vistos eram tempos em que, à excepção do conhecido fantasminha verde chamado “Viscoso”, todos os outros fantasmas tinham como intuito principal, fazer o mal à humanidade em geral. Ora, o tempo passa, e a maneira de lidar com estes assuntos também; se primeiro foram os animais a terem direito a psicólogos, (por falar nisso, precisava que algum fosse a minha casa, porque tenho uma aranha a morar no meu quarto à duas semanas, e apesar das conversas que tenho tido com ela, não aparenta querer ir embora, o que me vai obrigar em último recurso, a tentar persuadi-la com um banho de chuveiro de Raid Casa e Plantas) agora também os fantasmas têm problemas do foro psicológico, problemas esses que são agora resolvidos numa série televisiva, por uma gaja que consegue ver e ouvir almas penadas e não descansa enquanto não as ajudar. Antes de mais, salientar o facto de que uma pessoa que passa o dia inteiro atrás de fantasmas, a fazer figura de maluca, e sem receber um tostão por isso, consegue no final do dia pegar no seu belo carro e ir para a sua bela vivenda descansar. Depois, chamar a atenção para o respeito e discrição que a maioria dos fantasmas aparenta ter, pois quando lhe aparecem, nunca apanham a gaja a tomar banho, a ler uma revista na retrete, ou em avançada galhofa com o companheiro; parece-me que devem estar à espera que ela acabe, para depois aparecer e dizer… “Olhe, desculpe…”. No final, tudo se resolve, pois lá vai ela bater à porta da pessoa com quem o fantasma tem algum assunto pendente e acontece uma conversa deste tipo:
Mulher do FantasmaQuem é?
GajaA senhora não me conhece, mas eu consigo falar com o seu marido e tenho uma mensagem dele para lhe transmitir.
M.F.Desculpe mas deve estar a brincar comigo. Vá embora antes que eu chame a polícia.FantasmaDiga à minha mulher que na nossa noite de núpcias, fizemos marotices quase três vezes seguidas.
A gaja diz-lhe e a mulher deixa-a entrar.
GajaOlhe, o seu marido não consegue deixar este mundo, enquanto não lhe disser que quando morreu, deixou uma torneira aberta cá em casa. E toda a gente sabe que o preço da água está pela hora da morte.
M.F.Muito obrigado, vou já verificar todas as torneiras da casa. Realmente nos últimos cinco anos, tenho recebido contas escandalosas de água mas nunca me tinha apercebido porquê. Já agora, o meu marido não me quer dizer mais nada para além disso?
GajaSim. Também se está a queixar de um ardor nos sovacos, mas não se preocupe que ao irmos embora, passo com ele na farmácia e compro-lhe um desodorizante sem álcool para acalmar a irritação.
M.F.Rais’parta o homem que desde novo sempre teve problemas na sovaqueira. Ok, então até à próxima.
E lá vai o fantasma todo contente passar para o outro lado.

sábado, 20 de junho de 2009

Godzillas Na Bruma



É bastante possível, que as cerca de uma pessoas que realmente disponibilizam escassos minutos da sua atarefada vida para ler as patacoadas que eu ando para aqui a escrever, já estejam um pouco fartas de aturar os posts em que eu digo qualquer coisa como “ outro dia vi um filme e lembrei-me…”; por isso, e para todas essas almas caridosas vou especialmente iniciar este post de uma maneira completamente original…
...De hoje a quinze dias vi um filme chamado “Godzilla” e lembrei-me que talvez o pudesse misturar com “Gorilas na Bruma”; Quanto ao primeiro filme devo dizer que gostei muito porque me fez chorar a rir… no que toca ao segundo, detestei, porque não só me pareceu um bom filme, como me fez chorar à séria, e eu não estou para aturar mariquices dessas; provavelmente teria sido uma atitude mais à macho visionar uma possível versão porno do filme que se poderia muito bem chamar por exemplo de “Gorilas na Bruna”. Quanto à mistura, poderia narrar a história de uma zoóloga, que decide ir estudar a vida de um grupo de godzillas de montanha no Ruanda. Depois de anos a viver e a conviver com eles, ela desenvolve com eles uma relação de mútua confiança, conseguindo inclusive brincar com os mais novos. Tudo muda quando o godzilla preferido dela é morto por caçadores furtivos com o intuito de lhe cortarem as mãos para fazerem umas belas e confortáveis poltronas. A zoóloga inicia então um enorme protesto público contra as mortes de godzillas, e a pouco e pouco começa a não ser muito bem vista, tanto pelos caçadores furtivos como por militares corruptos do exército que também ajudavam ao esquema. O filme termina com a zoóloga a ser encontrada assassinada, e embora nunca se tenha descoberto por quem, há quem sugira que terá sido pisada por um godzilla com o cio.
Adenda: A morte de godzillas no continente africano, tem sido um problema recorrente devido ao elevado valor destes espécimes no mercado negro. Presume-se que grande parte deles tem como destino principal o continente asiático, onde a população em geral crê que determinados órgãos dos godzillas contêm propriedades curativas e até mesmo afrodisíacas. Na minha opinião, esta malta devia era levar com um fígado de godzilla em cima do cachaço, pois eu também tenho crenças, e uma delas é que a morte eventualmente cura todos os problemas e doenças.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Criancices




Gostaria de começar por pedir desculpa aos inúmeros leitores deste blog, pois esta semana não vou falar de cinema, mas sim de televisão e da rapaziada de hoje em dia, por isso se alguém tiver algo contra, tem agora a oportunidade de se pronunciar… ninguém?... ok, então vamos lá. Agora me apercebo de tudo aquilo que perdi enquanto criança no que respeita ao mundo televisivo em geral e aos programas juvenis em particular. É com particular inveja que vejo, que ultimamente a grande maioria desses programas têm uma coisa essencial a todos os rapazes de tenra idade… não, não me refiro aos desenhos animados, refiro-me sim a gajas, de preferência descascadas. Primeiro levaram com a Ana Malhoa e os seus calções minúsculos numa tentativa de provar que uma matulona movida a suplementos alimentares ainda cabia em roupa da Cenoura. Depois como se não bastasse foram atropelados por uma Luciana Abreu que achou que roupas minúsculas não eram suficientes para a criançada, e toca a municiar-se de uns belos implantes mamários que acompanhou com uns decotes tão conservadores, que eu poderia jurar que lhe cheguei a ver pêlos no peito. Até no Brasil, desde que me lembro que se vão lambuzando com a Xuxa, que já faz programas para a canalha há tanto tempo, que segundo pude apurar, o episódio piloto do primeiro programa teve a participação especial de Pedro Álvares Cabral.
Quanto a mim e aos da minha idade, íamos levando com o Lecas e era se queríamos! Não estou a dizer que o rapaz fosse feio, simplesmente não é o meu tipo de mulher, por isso se fosse possível preferia que me tivesse saído na rifa qualquer uma das gajas anteriores.
Surpreendente, é que mesmo assim as crianças de hoje não estão satisfeitas, querem mais; Hoje em dia fico surpreendido com a exigência (e muito bem) da rapaziada; até na escola, se algo não está bem... bora fazer greve porque a escola não tem condições, “ a sala ganha humidade nas paredes” dizem eles; eu no meu tempo só descobri que a minha sala de aulas tinha paredes por acaso, pois estava mais preocupado em desviar-me da uma cana que me ia fazendo uma aterragem forçada no osso frontal do crânio, e cuja extremidade contrária estava, por coincidência, devidamente aconchegada na mão da minha professora. Mas nem tudo são rosas para a juventude de hoje em dia, também têm mais responsabilidades, principalmente com o aparecimento da internet; Enquanto eu antigamente não tinha preocupações e podia passar todo o dia na rua a brincar, a jogar à bola e a rachar cabeças, a canalha de hoje, e porque o dever assim o obriga, tem de ficar em casa, no computador, a fazer algo tão importante como por exemplo piratear o site da NASA, roubando-lhes os projectos do novo vaivém espacial e substituindo-os por fotos de gajas nuas.
Como se costuma dizer, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades; agora, não posso deixar de reconhecer que a minha falta de timing é deveras impressionante!

sábado, 6 de junho de 2009

Eduardo Mãos De Lavoura





Inicialmente confesso que me senti inclinado a criar o filme “Eduardo Mãos de Cenoura” mas automaticamente decidi abandonar a ideia pois estaríamos perante um gajo que numa crise de nervosismo, em vez de roer as unhas, poderia muito bem comer os dedos. Depois pensei em “Eduardo Mãos de Vassoura”, o qual também não me convenceu, pois contrariamente a ter uma série de tesouras em vez de mãos, ter um par de vassouras pareceu-me completamente estúpido e acima de tudo nada funcional (o correcto seria “Eduardo Mãos de Vassoura e Apanhador”, esse sim, com alguma lógica). Optei então por “Eduardo Mãos de Lavoura”, não por Eduardo ter as mãos calejadas devido a sobrecarga de trabalho agrícola, mas sim porque em vez de mãos, tinha uma sachola e um ancinho... ainda pensei em colocar-lhe um arado às costas mas receei que se tornasse um pouco fantasioso demais.
Eduardo vivia sozinho numa mansão velha e a cair aos pedaços desde que o seu “pai”, o inventor excêntrico que o criou, morreu de ataque cardíaco (possivelmente teria dado o seu tempo por melhor entregue se tivesse inventado um coração artificial) e o deixou inacabado, uma vez que se preparava para lhe oferecer umas mãos convencionais (daquelas que se costuma ver nos seres humanos) como prenda de Natal. A história continua quando uma vendedora de cosméticos que visita a casa de Eduardo se apercebe da tremenda solidão em que ele vive e o convida para ir viver juntamente com ela e a sua família. De inicio é um pouco estranho para todos, pois Eduardo é diferente de tudo aquilo que alguma vez viram, mas rapidamente adquirem um carinho enorme por ele pois nunca antes tinham tido uma horta tão fresca e viçosa lá em casa. Aos poucos, com a sua cara de lavrador inocente, Eduardo apaixona-se e conquista a filha da vendedora de cosméticos, o que não agrada nada à população lá do bairro e principalmente a um gajo que também gosta dela mas não a consegue afiambrar porque é burro como um cepo. Depois de se aproveitarem da inocência dele e de lhe fazerem uma série de acusações falsas, saiem em perseguição de Eduardo, e nem o facto de ter andado por todo o bairro a plantar grelos e a estacar tomates os ia agora impedir de o magoar, caso o apanhassem. Eduardo refugia-se então na sua velha mansão, aonde é seguido pela sua amada e pelo totó que também gosta dela, e depois de uma luta bastante amaricada, e de Eduardo matar o gajo, a sua amada sai da mansão e diz a toda gente que Eduardo também morreu na luta, com o intuito de que ninguém o procurasse novamente. O filme acaba com a gaja já velhota a contar a história à neta e a dizer que sente que Eduardo ainda está vivo, porque ainda hoje, e desde que ele desapareceu, teve sempre morangos frescos no pomar, embora agora estivesse demasiado velha para os apanhar!

sábado, 30 de maio de 2009

Caranopé Kid




E não é que outro dia estava eu descansado em casa a ver televisão e assim que mudo de canal me aparece à frente o Karaté Kid!
Imediatamente administrei a mim mesmo duas caixas de ansiolíticos e comecei a bater com a cabeça na parede até começar a adquirir alguma imunidade à dor; devo dizer que a dor nunca passou, mas curiosamente a partir de certa altura passei a encarar toda aquela situação com extrema tranquilidade. Não que em criança nunca tenha visto o filme, ou que não tenha gostado, muito pelo contrário, devo-o ter visto uma série de vezes e até exerceu relativa influência na minha juventude, mas agora basta! Karaté Kid é aquele tipo de filme lamechas nunca antes visto “Rapaz psicologicamente abalado, muda de cidade, conhece vizinho idoso que por acaso é mestre de artes marciais, parte a cara a quem se mete com ele e fica com a gaja no fim”… Ah! É verdade, e todos os que se metem com ele são também especialistas em artes marciais naquilo que aparenta ser uma epidemia contagiosa de Karaté.
O problema era que eu, como qualquer outro rapazinho influenciável, acreditava que poderia aprender alguma coisa com o filme e após afincado treino e algumas nódoas negras, era ver-me no recreio da escola à espera que alguém se metesse comigo para que lhe pudesse aplicar o golpe da garça nas trombas. Mas se o meu momento nunca chegou, já outros, tiveram a sua oportunidade, e pelo que pude presenciar, a única coisa que ganharam com isso, foi um ou outro osso fracturado e uma cara tão inchada que mais parecia terem sido picados por uma abelha assassina africana com duzentos quilos. Foi nessa altura que pensei “Hum!... Se calhar o filme não retrata a realidade... se calhar um pau de virar tripas que parece uma cruzeta com pernas, não consegue arrear nos gajos todos e ainda ficar com a gaja no fim!” … Apercebi-me mais tarde que a isso se chama ficção… a isso e a gajas que preferem gajos introvertidos e sentimentalistas. Antes de terminar, gostaria de deixar uma palavra de apreço para o Mr. Miyagi, que para quem não se lembra, era o velhote com múltiplas artroses que quando era chamado a intervir, deitava abaixo sozinho um grupo de sete ou oito marmelos com o dobro do tamanho dele, usando apenas um braço e a agilidade própria dos seus duzentos e sessenta anos de idade, tendo ainda tempo pelo meio para podar dois bonsais e comer uma tigela de arroz integral.

Advertência: o texto acima postado é puramente ficcional, não devendo portanto ninguém tentar em casa nenhuma das proezas acima mencionadas… principalmente na minha, o que a acontecer me poderia trazer ligeiros problemas com as autoridades.

Macacada Sensual



Se à primeira vista, misturar a aventura futurista “Planeta dos Macacos” com o drama erótico “Nove Semanas e Meia” poderia parecer ridículo, à segunda concluímos que o objectivo seria mesmo esse, e que o título teria inevitavelmente de ser “Nove Bananas e Meia”.
A acção passa-se num futuro muito distante, em que o planeta é nesta altura governado por macacos que graças a uma evolução mais ou menos desconhecida, mas apesar de tudo natural, estão agora dotados de inteligência (ou seja, não muito diferente da actualidade); quanto aos humanos, possivelmente vão sobrevivendo graças à existência da Liga Protectora dos Humanos que através de donativos, os vão salvando e dando para adopção, ou devolvendo à vida selvagem; a história acompanha um relacionamento entre um macaco (caso Mickey Rourke aceite, poderá representar o papel do macaco e poupar assim à produção, bastante dinheiro em maquilhagem) e uma macaca, de cariz sexual bastante intenso mas ao mesmo tempo fugaz; basicamente, imaginem um programa sobre a vida animal mas com um enredo por trás e verão que o filme tem todas as condições para destronar qualquer novela em horário nobre. Tudo começa quando uma macaca recentemente divorciada conhece um macaco estranho e misterioso mas ao mesmo tempo cativante e sensual (quando os meus pais me educaram nunca pensaram que chegasse o dia em que eu diria isto sobre um macaco mas no entanto cá estou eu!) e iniciam um relacionamento pouco ortodoxo. Mas se para o macaco, que é um grande tarado sexual, tudo corre sobre rodas, já a macaca cedo começa a ficar hesitante relativamente ao seu companheiro, pois ela pretendia não só satisfação sexual mas também estabilidade emocional (já não se fazem macacos como antigamente, quando era tudo ao molho e fé em Deus), de maneira que não tardou muito a ter que pôr um ponto final no relacionamento; é o que dá esperar demasiado de um macaco; todas as macacas deveriam saber que os macacos são todos iguais e só pensam na mesma coisa… fruta fresca e variada!
O filme termina com a macaca lavada em lágrimas por ter terminado a relação mas ao mesmo tempo satisfeita com a sensação de que pelo menos ao longo de uma semana, em que o macaco não lhe deu descanso e só teve tempo para comer nove bananas e meia, encontrou a felicidade!

sábado, 23 de maio de 2009

Babeheart - O Desafio Do Chiqueiro




Já venho a pensar misturar os filmes “Um Porquinho Chamado Babe” com “Braveheart – O Desafio do Guerreiro” desde há coisa de mais ou menos quinze minutos, por isso é somente natural que queira agora desenvolver uma história que vem maturando na minha cabeça há quase tanto tempo quanto o tempo que o Cristiano Ronaldo segura a mesma gaja.
Comecei por perguntar a mim mesmo ” O que poderá resultar da mistura entre um porco e um filme épico?” , ao qual respondi de volta “ Uma feijoada de proporções épicas, talvez!” ; Porém como não podia ser eu a matar o porco, até porque gosto bastante de animais e decidi que apenas os utilizo para servir de alimento e para que a sua morte não tenha sido em vão, tive que esperar que o realizador tratasse do assunto.
Babe era um porquinho que vivia nas montanhas da Escócia e era bastante feliz até o seu pai ser assassinado e se ver obrigado a ir viver com o seu tio que apesar de tudo procurou sempre dar-lhe uma boa educação, ensinando-o a falar francês e latim, levando-o a viajar mundo fora para que conhecesse novas culturas, e inclusive ensinando-o a manejar uma espada. Assim que atinge a maioridade, Babe regressa à Escócia, mais propriamente à sua aldeia natal onde reencontra alguns amigos de infância e uma ex-namorada que entretanto se tinha tornado a melhor porca lá da aldeia. Começam a namorar e pouco tempo depois casam em segredo pois existe uma lei instituída pelo Rei dos porcos em que a noiva tem que passar a noite de núpcias com o presidente da câmara da aldeia. Mas a felicidade dura pouco tempo, pois assim que são descobertos, os soldados do Rei capturaram a sua mulher e aplicam-lhe um ligeiro golpe no pescoço que em última instância lhe provoca o cessamento de vida no corpo. Babe revolta-se, e inicialmente pensa em deixar de pagar os impostos, mas logo de seguida decide juntamente com os amigos formar um grupo rebelde com o qual inicia uma revolta contra a tirania do Rei e exigir a independência da Escócia assassinando para isso muitos dos soldados do reino. À medida que os feitos do grupo corriam o país e a popularidade de Babe ia aumentando, eram cada vez mais os voluntários para se juntarem à sua causa mas também cada vez maior o perigo de vida que Babe corria. Após muitas batalhas com bastantes baixas para ambos os lados e quando parecia que Babe iria conseguir vergar o império, não é que os porcos lhe fazem uma emboscada, prendendo-o e condenando-o à morte. O filme termina com a sua execução e posterior desmembramento do corpo com o intuito de fazer uma churrascada para comemorar.
É portanto um filme cheio de acção, baseado em factos verídicos e ideal para quem sempre quis ver um porco de kilt e a andar a cavalo, só não andando de bicicleta pois poderia parecer demasiado irreal aos olhos dos telespectadores uma vez que a bicicleta ainda não tinha sido inventada!

Kung Fu Pança

Confesso que quando vi o filme “Kung Fu Panda”, pensei imediatamente que o panda era o irmão mais novo do Steven Seagal. Senão reparem nas semelhanças entre um e outro: Ambos apresentam uma pança enorme e no entanto por vezes são capazes de proezas físicas que chegam a roçar o milagre divino, no final ambos escapam completamente ilesos e sem nenhuma mazela, e passam o filme inteiro com cara de parvos e a fazerem constantemente figura de urso o que no caso do panda até é aceitável. Depois reparei que se calhar estaria a exagerar e que afinal havia uma diferença abismal entre os dois… é que o panda até sabe representar.
Para quem não conhece, o Steven Seagal, ou Esteves Gaivota como é conhecido em Portugal, é o Maior!; um tipo com cara de mau, verdadeiramente durão, que parte praticamente toda a merda que lhe vai aparecendo à frente ao longo dos filmes e chega ao fim sem um arranhão, com o cabelo pastoso completamente imaculado e quanto muito, apenas com uma gota de suor na testa, a qual ele agride imediatamente com relativa violência. Além disso, é senhor de uma vasta gama de expressões faciais que no entanto, ao olho amador poderão parecer sempre a mesma quer ele esteja a rir, a chorar, ou até a arrear o calhau!




Se não me falha a memória, o momento amoroso mais ternurento que pude assistir protagonizado por este gajo foi quando disse a uma gaja que a amava ligeiramente e seguidamente partiu-lhe a cana do nariz com uma cabeçada aplicada de uma maneira bastante profissional. Todas estas palhaçadas até tinham alguma piada quando ele era mais novo e tinha cabedal, agora que está velho e principalmente mais gordo (tão gordo que já não escolhe roupa, escolhe tendas na secção de campismo) penso que estaria talvez na altura de enfrentar a velhice com alguma dignidade e ser internado numa instituição qualquer onde pudesse passar o dia a babar-se e a contar histórias do tipo “No meu tempo é que era … era só partir cabeças!”
Ai que saudades!

sábado, 16 de maio de 2009

Caros Portugueses




Não andam a tratar bem o povo português e estou plenamente convicto que temos razões para começar a ser um bocadinho mais orgulhosos do que aquilo que aparentamos ser. Se por exemplo um estrangeiro se lembra de virar um dedal de pernas para o ar, acabou de inventar uma malga de cereais para duendes (objecto indispensável nos dias que correm); Se por sua vez um português que tem apenas à sua disposição dois carrinhos de linhas, uma lata de atum, um saco de nozes, papel de celofane, uma cabra e um canivete faz um veículo motorizado de dois lugares, amigo do ambiente e movido a excrementos de proveniência caprina, é claramente uma pessoa com demasiado tempo livre e que deveria era ir trabalhar como todas as restantes.
Parte deste fenómeno também é visível no cinema como se pode comprovar no filme “O Amor Acontece” que se insere na minha categoria de filmes ”até poderia ter sido suportável se não se tivessem armado em bestas” e em que o povo português sai verdadeiramente dignificado. Se ao menos a personagem interpretada pela Lúcia Moniz fosse espanhola, aí sim, falava inglês fluentemente; Se fosse francesa, aí sim, falava inglês com relativa facilidade; mas não!... Tinha de ser portuguesa, do país do desenrasque, e no entanto parecia que mais depressa conseguiria extrair o apêndice pelo nariz do que dizer um sempre complicado “yes”. É certo que gosto de ouvir falar português em filmes estrangeiros mas nunca a fazer de mim um asno e nunca a insinuar que para os ingleses e os portugueses se entenderem têm que frequentar aulas de linguagem gestual.
Quando pensava que o filme não podia piorar, o gajo inglês lembra-se de vir a Portugal atrás da gaja portuguesa e dá de caras com a irmã dela, um trambolho refilão de bigode farfalhudo, à qual ele não sabe se pergunta pelo paradeiro da irmã ou se aproveita para lhe comprar meia dúzia de fanecas e um chicharro; como se não bastasse enquanto vai andando na rua é seguido por uma multidão de parolos de boca aberta que como é óbvio não podiam desperdiçar a oportunidade de admirar ao vivo um belo espécime inglês fora do seu habitat natural.
Temos portanto que nos dar ao respeito e deixar de prestar vassalagem a tudo o que vem de fora pois de contrário corremos o risco de que no futuro, e seja na matéria que for, sempre que haja referências a Portugal percebamos que realmente … A Merda Acontece!

Apocalipse Náufrago




Penso que se torna fácil de deduzir que a ideia será misturar os filmes “Apocalipse Now” (excelente filme) com o talvez menos conhecido “O Náufrago” protagonizado por Tom Hanks (excelente representação).
É neste preciso momento que estarão a perguntar como vou eu misturar um filme épico sobre a guerra do Vietname com um filme em que um tipo se vê obrigado a sobreviver durante quatro anos numa ilha deserta, em que a seu único amigo é uma bola de futebol?...Não faço a mais pequena ideia, uma vez que só comecei a pensar nisso agora mas de qualquer maneira gostava desde já de adiantar que para mim, todos os filmes de guerra deveriam passar a ser assim pois além de a poupança em casting e guarda-roupa ser enorme também o conflito real retratado poderia ter sido sanado com um ínfimo número de baixas(uma, no caso de suicídio); como não são, vou ter que ser um pouco mais original e por isso estou a pensar em algo como por exemplo:
a história relata a missão de um coronel do exército que é contratado para assassinar um general (a participação de Marlon Brando está dependente do facto de ele caber na ilha onde o filme irá ser rodado) que enlouqueceu, pois tem vivido isolado numa ilha não habitada desde à quatro anos para cá uma vez que o avião onde seguia se despenhou ao largo da mesma.
O general, estando louco, torna-se um perigo para o exército, que entende que a única alternativa será a sua eliminação. O que eles não sabem é que entretanto o general conta com o apoio de um pequeno exército formado por alguns javalis, lémures e meia dúzia de cocos mercenários que o veneram como um deus e que não irão facilitar a missão do coronel. Este filme não é aconselhável a quem se impressiona facilmente, pois um coco em fúria não é uma coisa bonita de se ver.
Uma história dramática sobre um tema que não deixa ninguém indiferente….porquê?....não sei nem quero saber!

sábado, 9 de maio de 2009

Álcool Pró Boneco




Uma vez que no texto anterior falei sobre cinema de terror decidi misturar os filmes “Chucky – O Boneco Diabólico” e “Morrer em Las Vegas” e ver o que saía… Não saiu nada, o que me obrigou à ingestão de um potente laxante intelectual para me desenferrujar um pouco e devo dizer que deverá ter funcionado na perfeição pois após quinze minutos de reflexão as ideias jorravam como se não houvesse amanhã e criei "Chucky - O Boneco Alcoólico".
Chucky era um boneco como tantos outros, manufacturado em Taiwan… feito de plástico… três pilhas de volt e meio no bucho e completamente desaprovado pela CE; Enfim… Tudo normal não fosse a particularidade de Chucky estar possuído por um espírito maligno e ter uma especial apetência para cometer assassínios em série em horário pós-laboral, pois durante o dia era um argumentista sem grande sucesso.
Tudo muda na sua vida perfeita quando é despedido pela sua produtora e se vê sem vontade de continuar a viver decidindo por isso rumar a Las Vegas onde planeia ingerir álcool até falecer; Após a sua chegada ao destino, Chucky conhece Barbie Prostituta, uma boneca da má vida com quem inicia uma relação não só amorosa mas também de mútua aceitação tanto das falhas como das opções de vida de cada um deles. Passado não muito tempo já se encontram a viver juntos uma vez que Barbie Prostituta também se sente sozinha desde que Ken Chulo faleceu.
O filme vai acompanhando até ao seu final a degradação física de Chucky devido ao abuso do álcool, devendo eu desde já avisar que a evolução das maleitas físicas provocadas por uma cirrose num boneco de plástico é na prática um pouco mais lenta que num ser humano; Por isso se é como eu e não tem nada que fazer nos próximos quarenta anos, não perca esta incrível história, uma autêntica lição de vida embora eu ainda não saiba exactamente qual…
Ah! Já sei… Comprem sempre brinquedos aprovados pela Comunidade Europeia! ;)

Evolução Aterrorizadora



Quem não se lembra daqueles filmes de terror manhosos da década de 80?... Muito provavelmente quem nasceu na de 90 é certo, mas apesar de eu não ter plena consciência de toda a década ainda fui a tempo de ver aquela que considero ter sido a mais imaginativa época do terror de baixo orçamento de sempre e apesar de a maior parte dos filmes dessa altura serem uma tremenda palhaçada, é certo que eram o melhor que havia e o melhor que se podia fazer.
Mais de vinte anos depois é incrível constatar que com todos os recursos agora disponíveis a nível tecnológico, a grande maioria dos filmes de terror actuais são tão maus e tão repetitivos que nos levam a ponderar seriamente a hipótese de experienciarmos uma situação clínica bastante comum vulgarmente conhecida pelos entendidos por morte. Com certeza que haverá excepções, e as duas estão entre os meus filmes de eleição, mas parecem-me muito poucas tal é a quantidade de filmes disponibilizados pelos estúdios de cinema actualmente que mais parecem padarias sempre a aviar em hora de nova fornada.
Talvez seja impressão minha mas parece-me que cada vez mais se fazem filmes para vender um produto quando antigamente se faziam por gosto ou quanto muito numa atitude “vamos fazer uma coisa engraçada e ver o que dá!” e por isso é que pareciam mais verdadeiros aos nossos olhos. Posso arrepender-me do que estou a escrever mas sou da opinião de que se os filmes de terror nonsense mais antigos já são hoje recordados por muita gente, mais ainda o serão no futuro, tornando-se verdadeiros ícones do melhor cinema foleiro de sempre.
Quem não se lembra da trilogia Mortos Vivos, de Chucky – O Boneco Diabólico, dos Palhaços Assassinos do Espaço, de Braindead, do Freddy Krueger, de Zombies, carros assassinos, entre outros….
Foleiro por foleiro prefiro o foleiro original!

sábado, 2 de maio de 2009

Ex-Terminador




É com grande prazer que aqui vos trago mais um “Mix” que a indústria cinematográfica ainda nos está a dever. Estou a imaginar uma mistura entre “Mar de Chamas” e “Exterminador Implacável “ que se poderia intitular “O Extintor Implacável”.
O Filme narra a história de um extintor cibernético que é enviado do futuro por um homem, para proteger a sua própria vida enquanto rapaz no presente, uma vez que nesse mesmo futuro o mundo é agora governado por um computador super inteligente que envia atrás no tempo um grupo de pirómanos cibernéticos assassinos com o intuito de o assassinar, pois está destinado a que no futuro este rapaz se venha a tornar o líder de um batalhão de bombeiros que irá combater e extinguir o fogo do Armagedão apenas com um extintor, dois baldes de água e uma grade de minis (estas são para beber é claro, porque homem que é homem não trabalha de borla).
Sei que inicialmente poderá parecer uma história um pouco complicada mas com o avançar do filme apercebemo-nos de que é mesmo, de qualquer maneira esta missão torna-se particularmente difícil uma vez que os pirómanos são cyborgs bastante modernos, evoluídos e constituídos por uma liga metálica liquida muito difícil de destruir, enquanto o extintor é um modelo bastante obsoleto e sem a respectiva manutenção anual efectuada.
Contudo nem tudo está perdido e haverá uma grande possibilidade de que o extintor triunfe no final uma vez que é isso mesmo que se encontra escrito no guião, por isso se gosta de extintores musculados, vestidos de cabedal negro e perseguições de moto a alta velocidade, não perca este filme cheio de acção, suspense e efeitos especiais.

Realidade Científica

Não há muito tempo atrás um certo presidente de um certo país que eu agora não vou estar a dizer o nome mas posso adiantar que começa por IR e acaba em ÃO, veio a público pela milionésima nongentésima nonagésima nona vez afirmar que o holocausto nunca teria acontecido. No preciso momento em que escrevo é bastante provável que já o tenha feito mais uma dúzia de vezes talvez numa tentativa completamente original de entrar no livro do Guinness mas sem ter ainda no entanto conseguido convencer muita gente do mesmo.
Talvez uma boa maneira de convencer mais pessoas pudesse ser utilizando um pouco de psicologia invertida aplicada com grande sucesso na televisão e no cinema onde por exemplo uma simples mensagem ‘não tente fazer isto em casa’ é por si só uma boa certeza de que irá mesmo ser feito.
Propunha então ao presidente em questão a realização do filme “Hitler - Encontros Imediatos de 3º Reich”, uma história que retrataria um grupo de pessoas que devido a um…sei lá, chamem-lhe pressentimento rumaria em direcção a uma zona remota onde aconteceriam uma série de fenómenos causados por experiências realizadas por um grupo de militares com a finalidade de tentar provar a existência do holocausto. A realização seria de tal maneira impressionante ao ponto de que no final, graças a extraordinários efeitos especiais surgiriam mesmo provas de que o holocausto existia e que inclusive até já teria visitado o planeta terra. Enfim… Pura ficção ao melhor nível na qual ninguém acredita!
Já agora e para terminar gostaria de sugerir que num projecto futuro e numa tentativa de se demarcar da ficção, optasse por realizar talvez um drama em tempo de guerra baseado numa história verídica; qualquer coisa como por exemplo, um grupo de fuzileiros marcianos que se vêm encurralados na sua embaixada em Vénus durante um golpe de estado neste mesmo planeta. Uma história sem dúvida dramática, esta sim, consensual que tenha realmente acontecido e que ainda hoje choca a humanidade em geral.

sábado, 25 de abril de 2009

Fúria Ternurenta



Lembro-me perfeitamente de que quando era criança e vi pela primeira vez o fime "Rambo" na televisão achei toda aquela violência verdadeiramente espectacular. Obviamente viviamos numa altura em que a equação «criança + violência na televisão = adulto psicopata» ainda não fazia sentido uma vez que eu resultei num adulto perfeitamente (pelo menos até ver) saudável.
De qualquer maneira, e porque acho que todas as crianças deveriam ter a possibilidade de ver "Rambo" decidi adaptar o filme para a pequenada misturando-o com "Bambi", o pequeno veado que comoveu crianças e graúdos, criando assim a obra única intitulada "Rambi".
John Rambi, um ex-veterano atormentado pela guerra do Vietname, volta a casa e descobre que a sua mãe foi abatida po caçadores furtivos (pode acontecer a qualquer pessoa). Ainda mais desorientado parte em busca de um antigo companheiro seu do Vietname para que juntos consigam encontrar e punir os caçadores, até que a sua viagem é subitamente interrompida quando chega a uma pequena vila e é acusado de vadiagem pelo xerife, sendo preso e maltratado na cadeia.Rambi revolta-se com a situação e consegue fugir da cadeia graças a extraordinárias habilidades adquiridas durante a guerra mas vendo-se perseguido por todas as forças policiais da região, refugia-se na floresta onde inicia uma bela amizade com um coelhinho, uma doninha e alguns veados que lhe ensinam o verdadeiro significado da amizade e o ajudam a escapar às garras do malvado xerife.
Assim que deixa de ser procurado, Rambi encontra uma boa mulher, casa com ela e torna-se o rei da floresta protegendo todos os seus amigos animais que nela vivem dos perigos que possam aparecer, nem que para isso tenha que usar o arco e as flechas de ponta explosiva que o coelhinho lhe ofereceu no seu aniversário.
Digam lá se não ficou bem melhor!

Crítica De Cinema




Esta semana pensei em misturar os filmes "Mortal Kombat" e "Street Fighter" numa tentativa de os ridicularizar mas após uma longa e árdua reflexão de cerca de trinta segundos cheguei à inevitável conclusão de que os filmes em separado já fazem eles próprios um bom trabalho. Desde já gostaria de pedir desculpas a quem é fã, mas gostos não se discutem e é exactamente sobre esse assunto que eu me vou debruçar.
Uma das razões que me leva a tentar fazer estas misturas de filmes é que para mim não existem ideias demasiado estúpidas para transformar num filme. Por mais estúpido que um filme seja, haverá sempre alguém no mundo que viu o filme e até poderá haver mesmo alguém que gostou do que viu. Se para mim o conceito de cinema é entretenimento, já o que me entretém a mim poderá não entreter a maior parte das pessoas e vice-versa, o que me faz pensar no porquê das críticas de cinema (pelo menos as sérias).
Eu pessoalmente tenho um gosto cinematográfico bastante alargado e dependendo do meu estado de espírito vejo desde dramas comoventes, passando por comédias hilariantes (ou não) até acabar em filmes onde a personagem principal não se pode irritar porque corre o sério risco de crescer e ficar verde por isso decidi a partir de determinado momento que seria eu, o meu crítico pessoal de cinema. Coincidência ou não, a partir daí todos os filmes que eu tenho gostado têm tido críticas bastante positivas (vá-se lá saber porquê).
Acho pois, que todas as pessoas deveriam primeiro ver os filmes e depois sim, avalia-los consoante a sua opinião porque para mim um bom filme é aquele em que não se dá pelo tempo a passar e não fosse pela minha irritante incapacidade de adormecer nas salas de cinema, eu poderia estar hoje aqui a dizer que era realmente um amante de cinema em toda a sua totalidade!

Pirataria Moderna

Quem seguir atentamente os noticiários com certeza estará a par da existência de piratas somalis a atacar navios em águas internacionais. Caso interessante, o do cargueiro grego que foi capturado pela segunda vez consecutiva obrigando o comandante do cargueiro a pagar da primeira vez um resgate no valor de 20.000 euros para ser libertado.
O que se passou à umas semanas atrás foi que as autoridades portuguesas estariam preocupadas, pois um Paquete português estaria naquele preciso momento a atravessar essas mesmas águas correndo assim o risco de também ser capturado.
Desde já gostava de tranquilizar os portugueses, pois se os piratas estiverem tão bem informados como parecem e conhecendo a situação actual do nosso país, com certeza que não se atreveriam a atacar embarcações portugueses pois correriam seriamente o risco de ficarem eles, sem a sua própria embarcação.
Na improbabilidade de mesmo assim serem capturados, e na ainda maior de o comandante do navio conseguir pagar o resgate (sendo português teria de ser em prestações), português que é português não iria perder uma oportunidade de recuperar algum do dinheiro perdido. Que fazer?... Vender a sua história com o relato dos dias passados em cativeiro à industria cinematográfica. Se há coisa que o ser humano gosta é de saber da vida dos outros, principalmente se houver daqueles promenores que nos fazem dormir melhor á noite sabendo que nesse preciso momento alguém no mundo estará um pouco pior do que nós.
Agora se me permitem a ousadia, e imaginando um valor de resgate em tudo igual ao do caso grego (para ficarmos a perder para os gregos geralmente organizamos europeus de futebol), aqui deixo a minha humilde sugestão para o título do filme/documentário acerca do comandante português:
"20.000 Lecas Submarinas".

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