Se à primeira vista, misturar a aventura futurista “Planeta dos Macacos” com o drama erótico “Nove Semanas e Meia” poderia parecer ridículo, à segunda concluímos que o objectivo seria mesmo esse, e que o título teria inevitavelmente de ser “Nove Bananas e Meia”.
A acção passa-se num futuro muito distante, em que o planeta é nesta altura governado por macacos que graças a uma evolução mais ou menos desconhecida, mas apesar de tudo natural, estão agora dotados de inteligência (ou seja, não muito diferente da actualidade); quanto aos humanos, possivelmente vão sobrevivendo graças à existência da Liga Protectora dos Humanos que através de donativos, os vão salvando e dando para adopção, ou devolvendo à vida selvagem; a história acompanha um relacionamento entre um macaco (caso Mickey Rourke aceite, poderá representar o papel do macaco e poupar assim à produção, bastante dinheiro em maquilhagem) e uma macaca, de cariz sexual bastante intenso mas ao mesmo tempo fugaz; basicamente, imaginem um programa sobre a vida animal mas com um enredo por trás e verão que o filme tem todas as condições para destronar qualquer novela em horário nobre. Tudo começa quando uma macaca recentemente divorciada conhece um macaco estranho e misterioso mas ao mesmo tempo cativante e sensual (quando os meus pais me educaram nunca pensaram que chegasse o dia em que eu diria isto sobre um macaco mas no entanto cá estou eu!) e iniciam um relacionamento pouco ortodoxo. Mas se para o macaco, que é um grande tarado sexual, tudo corre sobre rodas, já a macaca cedo começa a ficar hesitante relativamente ao seu companheiro, pois ela pretendia não só satisfação sexual mas também estabilidade emocional (já não se fazem macacos como antigamente, quando era tudo ao molho e fé em Deus), de maneira que não tardou muito a ter que pôr um ponto final no relacionamento; é o que dá esperar demasiado de um macaco; todas as macacas deveriam saber que os macacos são todos iguais e só pensam na mesma coisa… fruta fresca e variada!
O filme termina com a macaca lavada em lágrimas por ter terminado a relação mas ao mesmo tempo satisfeita com a sensação de que pelo menos ao longo de uma semana, em que o macaco não lhe deu descanso e só teve tempo para comer nove bananas e meia, encontrou a felicidade!
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