sábado, 26 de setembro de 2009

Fim-De-Semana...?




Assim que me surgiu na carola, a ideia de fazer algo interessante com o filme “Fim-de-Semana Com O Morto”, comédia do final dos anos oitenta que retrata a história de dois amigos falhados que são convidados a passar o fim-de-semana na casa de praia do patrão, mas que ao chegarem lá se apercebem que o patrão está morto, e ao invés de chamarem a polícia, decidem aproveitar o fim-de-semana tentando fazer toda a gente acreditar que o tipo está vivo, não demorei em imaginar mistura-lo com o clássico porno português “Fim-de-Semana Lusitano”, dando origem talvez, ao primeiro filme da industria pornográfica dedicado à necrofilia, intitulado “Fim-de-Semana Lusitano…Com O Morto”. Ora, não podendo eu confirmar publicamente que alguma vez tenha visionado o filme “Fim-de-Semana Lusitano”, vamos então supor que um conhecido meu, viu e me contou assim por alto. Para quem não sabe, garanto desde já que é uma das melhores comédias portuguesas de todos os tempos… e já estou a contabilizar o recente “Second Life”. Chamo particular atenção para a cena brilhantemente conseguida, em que uma das protagonistas se acaricia no quarto quando é surpreendida por uma segunda gaja em lingerie, que emite a profunda questão/afirmação “O que estás a fazer?... isso é pecado, é feio… não deves fazer isso!” Como reagiu a inquirida à questão colocada? Desata a rir de uma maneira espontano-badalhoca que não me pareceu que estivesse minimamente no guião (se é que ele existiu). Prova disso, e da capacidade de improviso da devota seguidora de Cristo que inquiriu, vem de seguida, “ Não te rias…porque eu não quero que tu te rias” Claro que não, pensei eu imediatamente, se existem duas coisas que devemos levar a sério cá por estes lados, uma é a grave crise económica que o país atravessa, e a outra é a auto-estimulação clitórica. Mas não me interpretem mal, eu aprecio a espontaneidade, e se pudesse, eu mesmo lhes daria um Óscar bem dado. Posto isto, e depois de sentir que contribuiu em larga escala para o meu amadurecimento como pessoa (completei agora 12 anos, portanto), decidi que seria demasiado arriscado fazer agora a minha primeira incursão no porno, uma vez que este blog se encontra actualmente no top ten do Vaticano. Vamos lá a ver então… um morto… um morto… ah, já sei! O gajo do “Corvo” também estava morto, por isso porque não “Fim-de-Semana Com O Morto… Vivo”, a história de dois tipos que são convidados a passar o fim-de-semana na casa de praia do patrão, e que assim que lá chegam se deparam com uma situação em que o patrão foi violentamente assassinado por um grupo de bandidos, e que voltou do mundo dos mortos, guiado por um corvo com o qual ele mantém uma forte ligação, tão forte que magoando o corvo, magoam-no a ele também. O objectivo do morto-vivo é vingar-se de todos os que participaram no seu assassinato, ao passo que o dos dois convidados, é de tentar evitar que ele se meta em mais sarilhos, protegendo o corvo, e limpando as cagadelas do mesmo que entretanto já começaram a corroer o verniz da mobília um pouco por toda a casa. Será que vão conseguir?... O suspense mantém-se!

sábado, 19 de setembro de 2009

Sete Pecados Mortais No Tibete




Com a Segunda Guerra Mundial praticamente a anunciar-se, num mosteiro tibetano, um assassino anda à solta. Ao que parece, alguém anda a assassinar monges, utilizando os sete pecados mortais como justificação, e tendo como modus operandi (aí está, a minha primeira incursão no latim) a elaboração de complexos cenários em que as vítimas são mortas de maneiras diferentes consoante o pecado que tenham eventualmente cometido. Penso que esta é a altura apropriada para fazer um aparte dizendo: Dan Brown, toma lá que é para aprenderes! Para tentar resolver estes crimes, é destacado um detective austríaco que curiosamente também é alpinista e se encontra por perto, pois acaba de abandonar a esposa grávida para ir escalar um dos picos mais complicados do mundo. Assim que chega ao Tibete, começa a visitar as diversas cenas dos crimes, sendo que a primeira delas é chocante, uma vez que obrigaram um monge a comer amendoins até morrer empanturrado… comeu três, portanto! Logo de seguida testemunha com horror um cenário em que outro monge foi supostamente assassinado por ter ido ao barbeiro, e ter pedido para lhe apararem as pontas do cabelo pois estavam a ficar espigadas… o barbeiro fez o que ele pediu e aplicou-lhe uma gillette na cabeça. O que a vaidade obriga as pessoas a fazer. O próximo monge a pisar o risco, foi um tipo que ao que parece terá pedido ao cozinheiro da cantina uma posta à mirandesa, uma vez que só gostava de comer carne. Ora, toda a gente sabe que se deve renunciar os prazeres carnais, sob o risco de se ser acusado de cometer luxúria… comesse antes uma posta de pescada cozida. Avareza, cometeu o gajo que ao ver um amigo necessitado de um transplante de coração, e tendo ele ao que parece um suficientemente grande, não se ofereceu para lhe ceder parte e salvar-lhe a vida, e por isso ficou sem ele na totalidade. Quem não escapou também e levou por tabela, foi o outro gajo, porque convenhamos, ter só meio coração a funcionar correctamente, é claramente um indício de que a preguiça se começa a apoderar do indivíduo. Quanto aos últimos dois pecados, o assassino guardou-os para ele próprio e para o detective. Para ele deixou a inveja, uma vez que sempre desejou ser alpinista, e começou aos poucos a cobiçar a vida do nosso herói. Para o detective deixou a ira, pois assim que lhe rouba o material de escalada, é-lhe permitido experienciar, a sensação de corrente de ar que um tiro na cabeça consegue provocar. No final, e quando ele pensava que seria elevado a herói nacional, rebenta a guerra, e como ele se encontrava em território inglês, é considerado inimigo e é feito prisioneiro de guerra, o que o leva a realizar o eufórico comentário “Caraças, que já me lixei!”. No entanto, nem tudo é mau nesta situação, e o facto de ter bastante tempo disponível, e de ser nesse momento o único estrangeiro no Tibete, faz com que venha a ter o privilégio de poder brincar aos índios e aos cowboys com um jovem Dalai Lama a sair da casca.

sábado, 12 de setembro de 2009

Sozinho Em Cas...Per




Para aqueles que nunca terão visto o filme “Sozinho em Casa” a minha pergunta é “Por onde andaram nos últimos quase vinte anos?”. Eu próprio devo-o ter visto de livre e espontânea vontade pelo menos duas vezes, sendo que só não o vi mais vezes nos últimos dezoito anos, graças a uns reflexos dignos de um lémure consumidor de ecstasy, os quais apliquei sempre que praticava o zapping no meu televisor, mais ou menos por altura das comemorações natalícias. Cada vez que nos aproximamos do Natal, há duas coisas que podemos tomar como certas, mais um novo ano que se aproxima, e que alguém vai levar com o puto ranhoso que insiste em ser abandonado pelos pais. Se fizermos um esforço, poderemos ver ainda que Macaulay Culkin se aparenta bastante com o protagonista do segundo filme, senão reparem no tom de pele cor de cal e na categoria com que conseguiu desaparecer do cinema num ápice. Em relação ao segundo filme, devo começar por salientar que estou a usar o título em inglês, não por dar mais jeito para fazer o trocadilho, mas acima de tudo porque fantasma que é fantasma não pode correr o risco de dizer “Olá, eu sou o Gasparzinho, e estou aqui para vos assombrar… buuhh!” Meu Deus… que medo… acho que me saiu uma gotinha. Juntar os dois filmes, é uma parvoíce tal, só equiparada pela ideia de terem feito um “Sozinho em Casa 3”, em que foram obrigados a mudar de actor principal, ou correríamos o risco de ainda hoje termos que levar com o gajo já perto dos trinta anos, em qualquer coisa tipo “Sozinho em Casa de Alterne”. Este novo filme foca um tema para o qual devemos todos ser alertados… os casais que nunca ouviram falar em contracepção e que no entanto gostam de lhe dar como se fossem coelhos! O problema é que são tantos os filhos, que quando querem ir de férias, fica sempre um esquecido. Casper é um fantasminha vítima disso mesmo, de repente vê-se sozinho e abandonado em casa, a qual ele pretende assombrar de uma maneira que venha a orgulhar os seus pais. O problema é uma dupla de bandidos que vê no facto de a casa estar vazia, uma oportunidade para a assaltar. Casper vai ter que fazer de tudo para evitar que isso aconteça, e começa a espalhar armadilhas por toda a casa, e principalmente nos possíveis pontos de entrada para os larápios. Impressionante é a capacidade dos bandidos caírem em todas as armadilhas, e de o fazerem alternadamente, possibilitando que possamos visionar tranquilamente a estupidez de ambos. Espaço ainda pelo meio para as habituais traquinices em casa, como por exemplo comer doces sem os pais saberem, descer escadas de trenó, e inclusive a cena em que Casper experimenta fazer a barba e aplicar after-shave. Macacadas hilariantes a não perder, principalmente se tiver menos de cinco anos ou um severo atraso mental.

sábado, 5 de setembro de 2009

Sei O Que Fizeste O Biberão Passado


                                               HORINHA DA MAMA PEQUERRUCHO!

Faz hoje uma semana que passaram sete dias em que me deu na bolha misturar “Olha Quem Fala” com “Sei o Que Fizeste o Verão Passado”. No primeiro filme temos um recém-nascido que tem como dom principal, a característica única dos seus pensamentos fluírem em forma de voz do Bruce Willis; será que nunca ninguém terá desconfiado e pensado que se calhar o pirralho era filho dele? … Até no penteado são iguais. No segundo filme temos uma série de adolescentes inconscientes, que por acidente atropelam mortalmente um homem misterioso, que volta a aparecer no ano seguinte, com o intuito de os assassinar de variadas maneiras, algumas das quais eu cheguei a equacionar aplicar ao John Travolta quando assisti ao primeiro dos filmes em questão. O novo filme retrata a história de um recém-nascido, que depois de ter feito menos cocó e chichi na fralda do que o costume, decide ir até à praia com os amigos comemorar o acontecimento, mas levando no entanto, uma embalagem de descartáveis à cautela. E pronto, um gajo já sabe como é que é, quando se vai a uma festa na praia, principalmente de fralda, temos tudo para ser o centro das atenções. Com tudo o que era gaja a fazer-lhe olhinhos, ele faz o que qualquer homem faria… mete-se nos copos para ganhar coragem. Depois de grande festarola, de ter ingerido pelo menos uma grade de biberões de leite morninho, e de já quase não se aguentar em pé de tanto soninho, decide voltar para casa com os colegas, conduzindo o seu carrinho de bebé, com uma taxa de calciolémia muito superior à permitida por lei. Durante a viagem, e quando vinha a conduzir ao mesmo tempo que bebia mais um biberão, lia um livro de prevenção rodoviária, e tocava a musica do Noddy em castanholas, atropela acidentalmente um homem vestido de pescador que se atravessa à frente da sua viatura não motorizada. Assim que se apercebe do que aconteceu, decide imediatamente fazer aquilo que qualquer pessoa responsável faz numa situação deste tipo… não, não é fugir meus bandidos, é certificar-se que o tipo está morto, e com a ajuda dos amigos, livrar-se do corpo atirando-o de uma falésia, uma vez que se chamasse a polícia, poderia ir preso por conduzir sobre o efeito de cálcio. Assim que chega a casa, e para esquecer o que aconteceu, prepara-se para mamar mais um biberão de leite morno, quando recebe uma mensagem por pombo-correio, que diz o seguinte: “Sei o que fizeste o biberão passado!”. Oh, meu Deus! Assustado, rapidamente pensa que poderá ter sido algum dos seus amigos na brincadeira, mas assim que eles começam a cair como tordos em época de caça, apercebe-se que o assunto é mais sério do imaginava e que tem de lutar pela sua sobrevivência, ou no mínimo, lutar para não levar um grande tautau… o maroto!

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