Com a Segunda Guerra Mundial praticamente a anunciar-se, num mosteiro tibetano, um assassino anda à solta. Ao que parece, alguém anda a assassinar monges, utilizando os sete pecados mortais como justificação, e tendo como modus operandi (aí está, a minha primeira incursão no latim) a elaboração de complexos cenários em que as vítimas são mortas de maneiras diferentes consoante o pecado que tenham eventualmente cometido. Penso que esta é a altura apropriada para fazer um aparte dizendo: Dan Brown, toma lá que é para aprenderes! Para tentar resolver estes crimes, é destacado um detective austríaco que curiosamente também é alpinista e se encontra por perto, pois acaba de abandonar a esposa grávida para ir escalar um dos picos mais complicados do mundo. Assim que chega ao Tibete, começa a visitar as diversas cenas dos crimes, sendo que a primeira delas é chocante, uma vez que obrigaram um monge a comer amendoins até morrer empanturrado… comeu três, portanto! Logo de seguida testemunha com horror um cenário em que outro monge foi supostamente assassinado por ter ido ao barbeiro, e ter pedido para lhe apararem as pontas do cabelo pois estavam a ficar espigadas… o barbeiro fez o que ele pediu e aplicou-lhe uma gillette na cabeça. O que a vaidade obriga as pessoas a fazer. O próximo monge a pisar o risco, foi um tipo que ao que parece terá pedido ao cozinheiro da cantina uma posta à mirandesa, uma vez que só gostava de comer carne. Ora, toda a gente sabe que se deve renunciar os prazeres carnais, sob o risco de se ser acusado de cometer luxúria… comesse antes uma posta de pescada cozida. Avareza, cometeu o gajo que ao ver um amigo necessitado de um transplante de coração, e tendo ele ao que parece um suficientemente grande, não se ofereceu para lhe ceder parte e salvar-lhe a vida, e por isso ficou sem ele na totalidade. Quem não escapou também e levou por tabela, foi o outro gajo, porque convenhamos, ter só meio coração a funcionar correctamente, é claramente um indício de que a preguiça se começa a apoderar do indivíduo. Quanto aos últimos dois pecados, o assassino guardou-os para ele próprio e para o detective. Para ele deixou a inveja, uma vez que sempre desejou ser alpinista, e começou aos poucos a cobiçar a vida do nosso herói. Para o detective deixou a ira, pois assim que lhe rouba o material de escalada, é-lhe permitido experienciar, a sensação de corrente de ar que um tiro na cabeça consegue provocar. No final, e quando ele pensava que seria elevado a herói nacional, rebenta a guerra, e como ele se encontrava em território inglês, é considerado inimigo e é feito prisioneiro de guerra, o que o leva a realizar o eufórico comentário “Caraças, que já me lixei!”. No entanto, nem tudo é mau nesta situação, e o facto de ter bastante tempo disponível, e de ser nesse momento o único estrangeiro no Tibete, faz com que venha a ter o privilégio de poder brincar aos índios e aos cowboys com um jovem Dalai Lama a sair da casca.
A ideia deste blogue é criar algo de novo com os filmes e séries já existentes, fazer umas misturas, criar novos argumentos, mudar personagens, etc... No fundo é a tentativa de tornar o cinema um pouco mais divertido e agradável!... Ou não!...
sábado, 19 de setembro de 2009
Sete Pecados Mortais No Tibete
Com a Segunda Guerra Mundial praticamente a anunciar-se, num mosteiro tibetano, um assassino anda à solta. Ao que parece, alguém anda a assassinar monges, utilizando os sete pecados mortais como justificação, e tendo como modus operandi (aí está, a minha primeira incursão no latim) a elaboração de complexos cenários em que as vítimas são mortas de maneiras diferentes consoante o pecado que tenham eventualmente cometido. Penso que esta é a altura apropriada para fazer um aparte dizendo: Dan Brown, toma lá que é para aprenderes! Para tentar resolver estes crimes, é destacado um detective austríaco que curiosamente também é alpinista e se encontra por perto, pois acaba de abandonar a esposa grávida para ir escalar um dos picos mais complicados do mundo. Assim que chega ao Tibete, começa a visitar as diversas cenas dos crimes, sendo que a primeira delas é chocante, uma vez que obrigaram um monge a comer amendoins até morrer empanturrado… comeu três, portanto! Logo de seguida testemunha com horror um cenário em que outro monge foi supostamente assassinado por ter ido ao barbeiro, e ter pedido para lhe apararem as pontas do cabelo pois estavam a ficar espigadas… o barbeiro fez o que ele pediu e aplicou-lhe uma gillette na cabeça. O que a vaidade obriga as pessoas a fazer. O próximo monge a pisar o risco, foi um tipo que ao que parece terá pedido ao cozinheiro da cantina uma posta à mirandesa, uma vez que só gostava de comer carne. Ora, toda a gente sabe que se deve renunciar os prazeres carnais, sob o risco de se ser acusado de cometer luxúria… comesse antes uma posta de pescada cozida. Avareza, cometeu o gajo que ao ver um amigo necessitado de um transplante de coração, e tendo ele ao que parece um suficientemente grande, não se ofereceu para lhe ceder parte e salvar-lhe a vida, e por isso ficou sem ele na totalidade. Quem não escapou também e levou por tabela, foi o outro gajo, porque convenhamos, ter só meio coração a funcionar correctamente, é claramente um indício de que a preguiça se começa a apoderar do indivíduo. Quanto aos últimos dois pecados, o assassino guardou-os para ele próprio e para o detective. Para ele deixou a inveja, uma vez que sempre desejou ser alpinista, e começou aos poucos a cobiçar a vida do nosso herói. Para o detective deixou a ira, pois assim que lhe rouba o material de escalada, é-lhe permitido experienciar, a sensação de corrente de ar que um tiro na cabeça consegue provocar. No final, e quando ele pensava que seria elevado a herói nacional, rebenta a guerra, e como ele se encontrava em território inglês, é considerado inimigo e é feito prisioneiro de guerra, o que o leva a realizar o eufórico comentário “Caraças, que já me lixei!”. No entanto, nem tudo é mau nesta situação, e o facto de ter bastante tempo disponível, e de ser nesse momento o único estrangeiro no Tibete, faz com que venha a ter o privilégio de poder brincar aos índios e aos cowboys com um jovem Dalai Lama a sair da casca.
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