sexta-feira, 28 de maio de 2010

I Robo(t)cop



Numa tentativa verdadeiramente estúpida para encontrar um ser vivo não humano capaz de apresentar comportamentos humanos no dia-a-dia, cheguei à conclusão que apenas dois me satisfaziam totalmente. O Robocop e o Inspector Max! Inspector Max cativou-me pelo facto de solucionar crimes mesmo quando aparentava não fazer a mínima ideia do que estava ali a fazer, e por uma vontade enorme de quando chamado pelo protagonista principal, desatar a correr na direcção errada, numa atitude muito coerente com o meu comportamento e o de outros seres humanos com quem habitualmente convivo, e que é o de pensar “Mas que porra de merda é esta, vou mas é pôr-me a andar!”. Apesar disso tudo decidi escolher o Robocop, uma vez que por baixo daquela enorme lata de conserva com pernas armada até aos dentes, ainda haveria uma réstia de humanidade. Um humano que como se não bastasse ser polícia de profissão, ainda lhe sai na rifa ser brutalmente atacado por um grupo de malfeitores que através do uso de armas de fogo de várias formas e feitios, o conseguem transformar na muito provavelmente primeira peneira humana do planeta. Às portas da morte é utilizado num projecto altamente secreto e experimental que tentava misturar tecnologia com tecido humano e que o transforma num polícia metade homem, metade máquina. O segundo filme retrata-nos uma era em que para além dos robots estarem completamente inseridos na sociedade como forma de auxilio aos humanos, também Will Smith é proprietário de uns bíceps mais largos do que o seu próprio tórax, quando em início de carreira. Juntando os dois filmes com algumas alterações, sairia qualquer coisa que poderia ser confundida com um produto da Apple… o I Robo(t)cop! A trama seria idêntica, uma sociedade futurista onde o auxílio de robots nas tarefas diárias dos humanos é agora banal, e onde o objectivo passa por produzir estes robots em massa para que futuramente venham a ser controlados por um super-computador, com o intuito de tornar o processo de regulação e controlo dos mesmos mais simplificado. O cientista responsável pela criação dos primeiros robots aparece morto, e um detective que por acaso detesta robots é encarregue de averiguar o caso, descobrindo imediatamente Robocop escondido no quarto do cientista, o que o leva a desconfiar que o mesmo foi assassinado pelo robot. Robocop tornou-se obsoleto e deixou de ser policia para se tornar segurança privado, uma vez que já verte tanto óleo que o obriga ao uso de fraldas. Isto não o impedia de ser o robot preferido do cientista, pois foi a sua primeira criação, e era portador de características únicas e especiais. Temos portanto nesta primeira parte do filme a fuga do robot ao detective, uma vez que não queria ser preso por algo que não fez, parte essa recheada por perseguições espectaculares, a velocidades extremas, pois como se lembrarão, Robocop era dono de uma velocidade só equiparada à de uma tartaruga tetraplégica. Quando finalmente o robot é apanhado e é condenado a pena de morte através de abre-latas letal, o detective começa finalmente a acreditar na sua inocência, uma vez que os outros robots se começam a comportar como psicopatas sanguinários, o que faz com que comece a perceber que afinal a trama por trás do assassinato é ainda maior. Depois de tentar confrontar o patrão da empresa que produzia e controlava os robots, e de o encontrar também ele assassinado no escritório, o detective apercebe-se que afinal o cérebro por trás de todas as mortes e da rebelião robótica, é o super-computador encarregue de os controlar, e que se passou dos carretos ao interpretar uma das principais leis dos robots, que era a de proteger os humanos. E que melhor maneira de nos proteger senão matar a grande maioria antes que nos matemos uns aos outros em guerras sem significado ou consumamos todos os recursos naturais do planeta e acabemos por nos extinguir. Como dizia o velho ditado “Tanto quisemos fazer… que acabamos por nos f…!”. Enfim, mais do mesmo, em que por trás de todos os aparentes culpados e de toda a destruição, se encontra geralmente a genialidade da mente humana.

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