sexta-feira, 25 de junho de 2010

Indiana Jones E O Reino Da Vuvuzela De Cristal



Depois de uma bem sucedida trilogia de Indiana Jones, eis que os seus geniais criadores decidiram acrescentar mais um filme à saga sem que no entanto deixassem de ter apenas uma trilogia. Como?... Fazendo um filme que mais parecia uma sequela dos Ficheiros Secretos, e em que Mulder nos aparece agora de chapéu e chicote. Sei lá, estava à espera de qualquer coisa como “Indiana Jones e Os Salteadores da Arca Frigorífica Cheia De Minis” ou então como já existe aquele da Cruzada, criassem agora “Indiana Jones e o Último Sudoku”, mas não, vêm-me com este “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”. Só por causa das tretas vou borrar a pintura e meter aqui para o meio uma vuvuzela! Já que parecem estar na moda, e que não nos vamos ver livres delas tão cedo, parece-me que está na altura de lhe dar algum destaque no cinema, fazendo um filme onde raramente alguém lhe poderá soprar sob o risco de cortar as beiças. O filme começa com Indiana Jones a ser raptado no México por espiões russos, com a finalidade de os ajudar a localizar uma caixa que supostamente contém os restos mortais de um ser extraterrestre encontrado em Roswell, e que se encontra guardado num enorme armazém do governo no deserto do Nevada. Ora, fazer escavações no México parece-me sempre uma boa opção, pois à velocidade com que os cartéis assassinam malta e a atiram para valas comuns, a probabilidade de encontrar uma múmia torna-se bastante elevada. Os russos pretendem encontrar a caveira deste extraterrestre, pois esta supostamente terá propriedades mágicas. Ao abrirem a caixa apenas encontram o esqueleto sem cabeça, altura que Indiana aproveita para fugir para o deserto onde por coincidência os americanos realizavam um ensaio com uma bomba atómica. Num golpe de génio, Indiana enfia-se num frigorífico abandonado que por acaso estava mesmo ali por perto e evita ser atingido pela enorme onda térmica causada pela explosão, saindo logo de seguida sem se preocupar com raios gama ou cinzas radioactivas. Muito provavelmente morreu passado uns anos não da radiação, mas de envenenamento por chumbo da ferrugem que engoliu dentro do electrodoméstico. Se há uma lição para todos os jovens que assistem ao filme, será a de atirarem todos os electrodomésticos velhos para qualquer descampado pois nunca se sabe quando iremos estar no meio de um cogumelo atómico e a precisar de um frigorífico mesmo à mão de semear. De seguida Indiana encontra-se numa estação de comboios onde é abordado pelo puto dos Transformers com o cabelo ensopado em brilhantina, e que lhe diz que um doutor velho amigo dele foi raptado no Peru, onde tentava encontrar uma vuvuzela de cristal que no fundo era a cabeça de um extraterrestre do planeta Vuvuzelus. O puto trazia uma carta da mãe que também tinha sido raptada, e que continha uma mensagem codificada para que encontrassem o doutor desaparecido. Ao chegarem ao local indicado no Peru, descobrem que o tipo tinha estado internado num hospital psiquiátrico até ter sido raptado, muito possivelmente devido à interacção com a vuvuzela, nomeadamente quando a meteu na boca e efectuou uma acção de expulsão de ar dos pulmões, também conhecida pelos especialistas como sopro. São então capturados pelos russos e levados para um acampamento no Brasil, onde encontram a não só a vuvuzela como também o doutor e a mãe do rapaz, que ao que parece Indiana já conhecia ligeiramente, ao ponto do puto ser filho dele também. Os russos acreditavam que quem devolvesse a gaita aos extraterrestres, adquiriria não só um enorme conhecimento como também poderes psíquicos, o que lhes daria vantagem psíquica sobre os inimigos num futuro conflito. Fogem todos novamente pelo rio Amazonas e dirigem-se novamente ao Peru onde entram num templo com treze esqueletos de extraterrestres sentados em círculo, sendo que faltava a vuvuzela a um deles. Entretanto os russos que os seguiram, invadem o templo, devolvem a vuvuzela ao esqueleto, os extraterrestres ganham vida, o doutor fica mentalmente são, os russos são aniquilados pelos extraterrestres que saem do templo a trautear a 5ª Sinfonia de Beethoven em vuvuzela, o puto penteia-se outra vez e para finalizar Indiana ainda tem tempo para fazer mais um filho. Um regalo!

1 comentário:

magote disse...

Se calhar eram sul-africanos e não extraterrestres.

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