Depois de uma bem sucedida trilogia de Indiana Jones, eis que os seus geniais criadores decidiram acrescentar mais um filme à saga sem que no entanto deixassem de ter apenas uma trilogia. Como?... Fazendo um filme que mais parecia uma sequela dos Ficheiros Secretos, e em que Mulder nos aparece agora de chapéu e chicote. Sei lá, estava à espera de qualquer coisa como “Indiana Jones e Os Salteadores da Arca Frigorífica Cheia De Minis” ou então como já existe aquele da Cruzada, criassem agora “Indiana Jones e o Último Sudoku”, mas não, vêm-me com este “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”. Só por causa das tretas vou borrar a pintura e meter aqui para o meio uma vuvuzela! Já que parecem estar na moda, e que não nos vamos ver livres delas tão cedo, parece-me que está na altura de lhe dar algum destaque no cinema, fazendo um filme onde raramente alguém lhe poderá soprar sob o risco de cortar as beiças. O filme começa com Indiana Jones a ser raptado no México por espiões russos, com a finalidade de os ajudar a localizar uma caixa que supostamente contém os restos mortais de um ser extraterrestre encontrado em Roswell, e que se encontra guardado num enorme armazém do governo no deserto do Nevada. Ora, fazer escavações no México parece-me sempre uma boa opção, pois à velocidade com que os cartéis assassinam malta e a atiram para valas comuns, a probabilidade de encontrar uma múmia torna-se bastante elevada. Os russos pretendem encontrar a caveira deste extraterrestre, pois esta supostamente terá propriedades mágicas. Ao abrirem a caixa apenas encontram o esqueleto sem cabeça, altura que Indiana aproveita para fugir para o deserto onde por coincidência os americanos realizavam um ensaio com uma bomba atómica. Num golpe de génio, Indiana enfia-se num frigorífico abandonado que por acaso estava mesmo ali por perto e evita ser atingido pela enorme onda térmica causada pela explosão, saindo logo de seguida sem se preocupar com raios gama ou cinzas radioactivas. Muito provavelmente morreu passado uns anos não da radiação, mas de envenenamento por chumbo da ferrugem que engoliu dentro do electrodoméstico. Se há uma lição para todos os jovens que assistem ao filme, será a de atirarem todos os electrodomésticos velhos para qualquer descampado pois nunca se sabe quando iremos estar no meio de um cogumelo atómico e a precisar de um frigorífico mesmo à mão de semear. De seguida Indiana encontra-se numa estação de comboios onde é abordado pelo puto dos Transformers com o cabelo ensopado em brilhantina, e que lhe diz que um doutor velho amigo dele foi raptado no Peru, onde tentava encontrar uma vuvuzela de cristal que no fundo era a cabeça de um extraterrestre do planeta Vuvuzelus. O puto trazia uma carta da mãe que também tinha sido raptada, e que continha uma mensagem codificada para que encontrassem o doutor desaparecido. Ao chegarem ao local indicado no Peru, descobrem que o tipo tinha estado internado num hospital psiquiátrico até ter sido raptado, muito possivelmente devido à interacção com a vuvuzela, nomeadamente quando a meteu na boca e efectuou uma acção de expulsão de ar dos pulmões, também conhecida pelos especialistas como sopro. São então capturados pelos russos e levados para um acampamento no Brasil, onde encontram a não só a vuvuzela como também o doutor e a mãe do rapaz, que ao que parece Indiana já conhecia ligeiramente, ao ponto do puto ser filho dele também. Os russos acreditavam que quem devolvesse a gaita aos extraterrestres, adquiriria não só um enorme conhecimento como também poderes psíquicos, o que lhes daria vantagem psíquica sobre os inimigos num futuro conflito. Fogem todos novamente pelo rio Amazonas e dirigem-se novamente ao Peru onde entram num templo com treze esqueletos de extraterrestres sentados em círculo, sendo que faltava a vuvuzela a um deles. Entretanto os russos que os seguiram, invadem o templo, devolvem a vuvuzela ao esqueleto, os extraterrestres ganham vida, o doutor fica mentalmente são, os russos são aniquilados pelos extraterrestres que saem do templo a trautear a 5ª Sinfonia de Beethoven em vuvuzela, o puto penteia-se outra vez e para finalizar Indiana ainda tem tempo para fazer mais um filho. Um regalo!
A ideia deste blogue é criar algo de novo com os filmes e séries já existentes, fazer umas misturas, criar novos argumentos, mudar personagens, etc... No fundo é a tentativa de tornar o cinema um pouco mais divertido e agradável!... Ou não!...
sexta-feira, 25 de junho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Dragonbostall
Há algum tempo atrás tive a oportunidade de visionar o filme “Dragonball Evolution” e se por ventura o título faz referência a uma evolução, sou obrigado a constatar que evoluiu para uma bela merda! Estar sentado a ver este filme durante hora e pico, ou em pé a levar com uma ripa de marmeleiro nas costas durante o mesmo espaço de tempo, exerce provavelmente o mesmo efeito em todo o indivíduo que a qualquer das duas hipóteses se predisponha… uma dor agoniante e um desejo imensurável de fugir para qualquer outro lugar. Fiz portanto aquilo a que chama na gíria cinematográfica de o frete, uma vez que ansiava tanto pelo final do filme como um Skinhead condenado a três anos de cadeia numa prisão senegalesa pelo fim do cativeiro. Com a vantagem de que no final não me doía o rabo… mas quase!
Primeiro, não sei o que passou pela cabeça do realizador ao fazer esta obra-prima do cinema, mas de uma coisa tenho a certeza… estava desesperado para ir mudar a água às azeitonas, tal a pressa com que atirou os personagens para a história, e aviou o enredo a um ritmo do estilo enfarda burros. Depois, e para quem seguiu minimamente os desenhos animados, são notórias as diferenças, não só a nível da história (principalmente de Goku, a personagem principal), mas também falhas, tanto a nível de explicações necessárias para certos acontecimentos ao longo do filme, como a nível de escolha de casting, onde me parece que o personagem “Master Roshi” deixou bastante a desejar. Onde está o velhote de barba branca com um ranho a sair do nariz cada vez que via uma gaja em bikini? Como se não bastasse, ainda nos sai na rifa um vilão que tem tudo menos parecenças com o nosso já conhecido Coraçãozinho de Satã e cuja história é também ela confusa e servida aos empurrões. Verdade seja dita, Piccolo (sim, esse é o nome original de Coraçãozinho de Satã), inicialmente aparenta ser um gajo bastante perigoso, mas assim que diz o seu nome, corre o sério risco de pôr toda a gente pensar que é uma espécie de novo gelado da Nestlé e perder a pouca credibilidade que lhe resta; houve inclusive uma senhora sentada à minha frente que pediu logo duas caixas para levar para as netas. Mentira, nem sei se esta cagada chegou às salas de cinema, e mesmo que chegasse não haveria com certeza nenhum gajo a vender gelados dentro da sala do cinema … a não ser que fosse talvez uma sessão tardia de gay porn em que aí poderia vir a ser necessário um tipo a vender Calippos e Cornetos.
Se a palhaçada continuar a este ritmo, e caso alguém com o quociente de inteligência de um pires de tremoços tenha o atrevimento necessário para realizar uma sequela para o primeiro filme, temo que Goku ainda venha a ter que pedir auxílio ao sempre poderoso Super Maxi para derrotar o temível senhor das trevas chamado Perna De Pau.
PS: Aquilo que na foto parece uma bola de cristal, é na realidade uma bola de cócó de outro planeta!
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Pelicastessen
O Facto de os filmes “Delicatessen” e “Dumbo” nunca terem resultado numa única e exclusiva película cinematográfica, deve-se ao simples facto de os responsáveis por esta indústria em particular, só poderem atingir o meu nível de imbecilidade criativa, no dia em que conseguirem submeter-se a quinze esgotamentos cerebrais consecutivos no espaço de uma hora… esperem um pouco… ahh!... pronto, dezasseis! O filme propriamente dito, passa-se num futuro pós-apocalíptico, em que a comida é agora tão rara e valiosa que se torna a moeda corrente preferencial; aconselho quem neste momento estiver a fazer um exercício de raciocínio para tentar imaginar um futuro assim, a olhar para o presente pós-apocalíptico de alguns países do continente africano. A história centra-se no senhorio de um edifício, que também é proprietário de um talho situado nesse mesmo prédio, e que de tempos a tempos, premeia os seus inquilinos com uma maravilhosa refeição de carne. Curiosamente, todos os zeladores que vão trabalhando no edifício, desaparecem mais ou menos na mesma altura, aparecendo na travessa de todos os que se deleitam com a refeição em questão, ajudando a que mais uma vaga de emprego surja no mercado. Para preencher esta vaga, aparece Dumbo, um pequeno elefante palhaço desempregado de orelhas enormes, que tinha acabado de ser despedido do circo onde trabalhava, pois não animava ninguém, uma vez que andava sempre de trombas. Assim que é contratado, Dumbo apaixona-se pela filha do senhorio, e apesar de lhe querer fazer uns biscates na canalização, tem de esperar, pois ela está mais preocupada em tentar evitar que o seu pai dê a Dumbo o mesmo destino que a todos os outros zeladores anteriores. Enquanto se desenrola a história, tempo para nos divertirmos com o malandreco do elefante a trocar lampadas e a passar corredores a pano usando apenas as suas patas tão delicadas como uma família de Braquiossauros a viver numa loja da Vista Alegre. Prevê-se pois uma batalha difícil para todos eles, num filme que se dependesse de mim, Dumbo acabaria sem os respectivos apêndices auriculares, uma vez que sou grande apreciador de um bom prato de orelheira… ou neste caso… duas travessas cheias. Se por acaso algum dos queridos leitores for contra esta minha ideia, que fale agora, porque já sabem que para vocês sou como o nosso amigo Dumbo… todo orelhas!
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