sábado, 29 de agosto de 2009

Realizadores Vs. Taco De Basebol Nas Trombas




De há uns anos para cá, o que parece estar na moda, talvez por falta de ideias originais, é tentar juntar duas personagens cinematográficas que tenham obtido determinado sucesso, e tentar criar uma porcaria qualquer que posteriormente tentam apelidar de filme. De certo modo, fazem com as personagens, um pouco o que eu tento fazer com alguns filmes, sendo que a principal diferença, é que eu tenho consciência que o resultado final vai ser uma boa merda, ao passo que outros tentam ganhar a vida a fazer isso. Um bom exemplo intitula-se “Alien Vs. Predator”; dois bicharocos que na minha opinião, em separado fizerem um óptimo trabalho a aterrorizar a malta, e que graças à brilhante ideia de os juntar no mesmo filme, tiveram agora direito a estrear-se na área da comédia. Outro caso semelhante, é o de “Freddy Vs. Jason”; de certeza que toda a gente se lembra dos vários “Pesadelos em Elm Street” e do clássico “Sexta-Feira 13”… de juntar os dois protagonistas principais num só filme, e borrar a pintura, só se lembrou um gajo que ao que parece, dizem que é realizador de cinema! Se calhar já estava na altura de fazer outra palhaçada parecida, qualquer coisa estilo “Shrek Vs. Kung Fu Panda”, “Indiana Jones Vs. Jack Sparrow”, ou o tão aguardado e assustador “Chucky Vs. Marilyn Manson”, filme este que para dar mais pica, eu aconselho a ser visionado sozinho, numa noite de lua cheia e sentado em frente ao televisor apenas com um balde de pipocas, um pack de cerveja e uma muda de cuecas lavadas… não vá o diabo tecê-las! Outra situação que me tem irritado no cinema ultimamente, é a falta de qualidade dos remakes que têm sido feitos. Pude visionar há pouco tempo atrás o novo “Sexta-Feira 13”, e não pude deixar de reparar que o facto de o terror ter baixado drasticamente de qualidade, é nos dias de hoje compensado por uma ou duas teenagers boazonas que têm como problema principal, o facto de não conseguirem evitar andar constantemente com as mamas ao léu… problema delas obviamente, porque por mim tudo bem; o meu problema é que agora estou tão habituado a esse pormenor, que ver um filme de terror sem mamas, é para mim o equivalente a ouvir três músicas seguidas do Marante, sem ainda ter ingerido pelo menos quatro malgas de vinho tinto… simplesmente não consigo assimilar toda a genialidade envolvida no processo!
Comentário final para o mau da fita, cuja deficiência, ao que parece não está apenas na cara, mas também numa resistência sobre-humana a ferimentos, e à dor por eles infligida. O gajo resiste a facadas, a tiros, a rolos compressores, a enforcamentos, a fisgadas, e muito possivelmente até ao caso extremo de uma unha encravada, o que me leva a pensar que devíamos aproveitar todo esse potencial e aplica-lo num filme ao melhor estilo hollywoodesco que se poderia talvez intitular “Jason Vs. Al Qaeda”… era limpinho, não?

sábado, 22 de agosto de 2009

Prego A Fundo




Depois de uma semana, em que todos nós seguimos com entusiasmante expectativa, a estreia de dois dos blockbusters porno deste verão… com certeza já se aperceberam que me estou a referir a “Idade do Grelo 3”, e ao previsível êxito de bilheteiras “O Fabuloso Pepino de Amélie Poulain”… é somente natural que escreva agora uma crónica que tenha tudo a ver com o tema. Vou portanto falar de desportos motorizados. E para isso, nada melhor do que escolher um dos êxitos da carreira de Tom Cruise, intitulado “Dias de Tempestade” e transformá-lo na versão portuguesa “Dias de Trovoada com Possibilidade de Chuviscos Durante a Tarde”. A história gira em torno de um piloto amador de automóveis, cujo único sonho é conseguir correr na principal competição motorizada do país… a Nascarjacking … uma espécie de Nascar, mas onde o objectivo principal é interceptar e surripiar o maior número de viaturas concorrentes. As coisas começam a correr de feição, quando consegue angariar um patrocínio que lhe permite ingressar numa equipa profissional e na competição tão desejada, mas cedo se apercebe que as dificuldades irão ser muitas, uma vez que enfrenta concorrentes bastante experientes na arte do gamanço. Ao fim de algumas provas, vê-se envolvido num aparatoso acidente com o seu principal rival, e é transportado para o hospital, onde é assistido por uma médica boazona, pela qual ele se apaixona de imediato, e a qual ele convida nesse preciso momento para ir beber um saco de soro fresquinho e comer um pires de tremoços. Ao mesmo tempo, o rival descobre que tem um problema de visão, que em linguagem clínica é habitualmente conhecido pelo nome de “não ver a ponta de um corno”, e que se está a agravar, o que futuramente o vai impedir de competir. Outrora rivais, tornam-se então grandes amigos, e o nosso protagonista, ainda chocado por ver como é frágil a carreira de qualquer piloto, vai fazer de tudo para ganhar a competição e dedicá-la ao seu mais recente amigo. Temos ainda que suportar aquele pingue-pongue lamechas entre uma namorada constantemente preocupada e amuada pelo risco que o seu amado corre, sempre que faz uma corrida, e o namorado que se está profundamente a cagar para isso, pois não imagina passar um dia sem ter sido premiado pelo menos com uma overdose de adrenalina e uma conta de bate-chapas de bradar aos céus. Tempo ainda pelo meio para a típica relação pupilo/professor, entre o nosso piloto e o velhote que é o chefe da equipa para a qual ele corre, em que para variar um bocadinho, inicialmente o piloto não faz o que o velho diz, e embora todo o potencial esteja claramente presente no indivíduo, as coisas começam a correr mal… é só uma questão de esperar pelo final do filme, que é quando geralmente os artistas se apercebem que está escrito no guião que em última instância têm que vencer.

sábado, 15 de agosto de 2009

Visão Impossível




De certeza que toda a malta se lembra do filme “À Primeira Vista”, um drama que retrata um agente secreto, que pertence a uma equipa de agentes secretos, recebendo planos secretos, para executar missões ultra secretas… Mais não posso dizer porque é segredo, ok! Por outro lado temos o incrível filme de acção “Missão Impossível”, a história de um cego, que curiosamente não consegue ver, e que graças a uma operação inovadora, consegue ver o mundo pela primeira vez, sendo que passado pouco tempo, deixa de ver novamente devido a uma incompatibilidade de horários com os respectivos órgãos oculares… Ou se calhar troquei os enredos, uma vez que ultimamente ando com a memória tão fresca como uma bosta de cavalo no asfalto depois de dois dias em que os termómetros ultrapassaram largamente os 60°C à sombra. Voltando ao que interessa, vamos então dar largas à imaginação e criar o primeiro agente secreto cego da história de Hollywood, o tipo de agente secreto que na sua primeira missão de espionagem, em que imaginemos, teria de ir a um baile de máscaras, vestiria a sua fatiota Sadomasoquista em látex vermelho, e entraria por engano no edifício ao lado, que por coincidência era uma mesquita muçulmana em hora de oração… ora aí está uma bela história para mais tarde contar aos netos! De qualquer maneira, a história começa com o nosso herói e a sua equipa, numa missão que dá para o torto e em que morrem praticamente todos os seus companheiros, incluindo o seu líder e mentor (ou pelo menos ele assim o pensava), e que o deixa como principal suspeito de toda aquela trapalhada. Inicialmente ele não vê a sua situação com bons olhos (1ª chalaça), mas mais tarde veio a aperceber-se que a verdade esteve sempre à frente dos seus olhos (2ª chalaça), e que na verdade o responsável por toda aquela desgraça, foi desde o início, o seu velho amigo e mentor. Rapidamente elabora um plano de vingança, que na sua óptica (3ª chalaça), serviria para limpar o seu nome e apanhar o verdadeiro mau da fita, chegando mesmo a dada altura do filme, a dizer a célebre frase “Comigo é assim… olho por olho!” (4ª chalaça). Todo o restante filme, é uma variedade de momentos de acção, estilo penetrar em instalações de alta segurança, escalar edifícios de 5.000 andares, saltar de comboios em andamento, e inclusive atirar-se de pára-quedas de um passeio alto, para a berma da estrada… uma loucura portanto. Tanto mais que as principais dificuldades em realizar todas estas proezas, seriam não só evitar magoar-se com a bengala, mas fundamentalmente convencer o cão guia a alinhar nelas também.

sábado, 8 de agosto de 2009

Barbaridade Duvidosa




Juntando “Conan – O Bárbaro” com “Sweeney Todd – O Terrível Barbeiro de Fleet Street” surgiu-me a ideia de criar o musical “Conan – O Barbeiro”. O simples facto de imaginar Conan a cantar e a dançar, além de me levar imediatamente às lágrimas, também me parece à partida pouco viável, mas de qualquer maneira sinto-me impelido a tentar.
Conan nasceu há milhares de anos atrás numa pequena aldeia da Ciméria e como qualquer rapaz da idade dele gostava de brincar, de saltar e de jogar playstation com os amigos, até que a sua aldeia é atacada por um grupo de guerreiros sanguinários comandados por um senhor do mal, sendo que ao mesmo tempo que os seus pais são assassinados, Conan é feito prisioneiro para que futuramente trabalhe como escravo. Conan cresce, e graças aos trabalhos forçados, torna-se um homem forte e com apenas uma coisa em mente… barbear homens de barba rija… ah, é verdade, e vingar-se do mau da fita pela morte dos seus pais.
Certo dia, aproveitando a folga para o almoço, Conan consegue fugir do seu local de trabalho forçado e sair do país, onde vem a aprender tudo sobre a arte de ser barbeiro. Os anos passam, mas o desejo de sangue não, e Conan decide que está na hora de voltar à Ciméria e iniciar o seu plano de vingança. Ele é agora um homem bastante mudado, não só fisicamente como mentalmente, e apesar de ter um aspecto bastante sóbrio, está completamente passado dos cornos. Assim que se instala na Ciméria, Conan abre uma barbearia de seu nome “O Bigodes”, onde começa a degolar todos os clientes que lhe aparecem à frente e não apenas aqueles que considerava culpados pela sua miséria.
Era uma questão de tempo até ser apanhado pelas autoridades policiais, e assim que foi preso, pediu para ser extraditado e julgado em Portugal. Em tribunal alegou que o motivo de degolar tantas pessoas, foi porque não utilizava uma navalha de barbeiro convencional, mas sim uma espada de guerreiro cimeriano que teria herdado, e que pesava cerca de doze quilos, o que faria com que a sua mão não fosse tão precisa… perfeitamente aceitável! Escusado será dizer que Conan foi absolvido e recebeu uma choruda indemnização que imediatamente doou à Liga Protectora dos Barbeiros Sanguinários e ao grupo de apoio psicológico Barbeiros Anónimos.

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