sábado, 18 de julho de 2009

Ninja Am...Quê?



Pergunta: Quem se lembra de um dos maiores filmes de arte marciais dos anos oitenta intitulado “ Ninja Americano”?

Resposta: Eu, e é nestas alturas que tenho pena de ainda não ter sido abalroado por um invulgar e galopante surto de Alzheimer… ou se calhar já fui e não me lembro… adiante.
É incrível admirar a capacidade dos americanos em particular, de se adaptarem às diversas culturas espalhadas pelo mundo inteiro e inclusive de se superiorizarem em algumas práticas aos próprios nativos dessas culturas, senão vamos a ver… ele é ninjas, ele é samurais, ele é o estares a ser atacado por leões famintos em plena savana africana e o melhor caçador africano que desenrascam, é um americano que por acaso vive em África há ano e meio, e estrangula felinos com as próprias mãos, enfim… mariquices. Nunca se terão eles lembrado de adoptar uma cultura que por si só é sinónimo de macho, como a portuguesa?; caso viesse a acontecer poderia estar aqui hoje a falar de filmes como o incontornável “Pauliteiro Americano” ou o imprescindível “O Último Vendedor de Bifanas”, com certeza blockbusters do cinema mundial.
Acerca do filme em questão só me apetece fazer a sua versão maricas convertendo-o no “Ninja Amaricado”. Atenção, eu disse maricas e não homossexual, pois nada tenho de pessoal contra os segundos, uma vez que na teoria quantos mais forem, mais gajas sobram (é fazer as contas); na prática, pelo que me tenho vindo a aperceber não têm sobrado é para mim, o que me deixa bastante revoltado, e por isso gostaria de pedir a quem tem ficado com as minhas que as devolvesse imediatamente.
O filme começa por contar a história de um tipo solitário e errante, especialista em artes marciais que é capturado pelas autoridades, ainda não sei muito bem porquê, e lhe é dado a escolher entre a prisão e o serviço militar. O gajo fica indeciso pois nas duas pode conhecer muito macho, mas acaba por escolher a segunda pois sempre teve um fraquinho por gajos de farda. É imediatamente destacado para as Filipinas onde a primeira missão do seu pelotão é a de transportar uma quantidade enorme de munições para a sua base. Durante a viagem o pelotão é atacado por um grupo rebelde que rouba todas as munições, assassina todos os militares, excepto ele, e ainda consegue raptar a filha do coronel responsável pela base militar, que por um acaso só ao alcance de Hollywood também viajava com eles. O gajo enerva-se pois no meio da confusão estragou uma unha de gel e parte imediatamente atrás dos rebeldes, não porque algum deles fosse bastante giro, mas porque a sua toilette estava arruinada, uma vez que no meio do material roubado, ia o seu cinto de munições em tom pastel que combinava com a sua farda. Escusado será dizer que recuperou o cinto… deixou a gaja morrer… e ao voltar à base mudou de ideias, e decidiu deitar o cinto fora pois achou que afinal até não lhe ficava assim tão bem.
Posteriormente, ao receberem a notícia que a base iria ser atacada pelos rebeldes, percebe que irá ter que recorrer a toda a sua arte ninja para os derrotar, nem que para isso tenha que utilizar as suas estrelas ninja com purpurinas, as suas matracas Christian Dior, os mocassins demolidores ou até mesmo o seu écharpe camaleão que lhe permite ficar invisível.
É portanto um filme igual a todos os outros do estilo, pecando por isso na falta de originalidade!

sábado, 11 de julho de 2009

Chispe-Men Origins:Walvarinho


                                 GANDA BEZANA, NÃO DEVIA TER ROÍDO AS UNHAS!

Depois de uma série de histéricos e humilhantes pedidos, todos eles eventualmente efectuados por mim mesmo, para que criassem finalmente um super-herói português, eis que decidi pôr mãos à obra, e criar “Walvarinho”, o equivalente tuga ao já conhecido “Wolverine”, membro do famoso grupo de super-heróis “X-Men”. Se o gajo original tem como particularidades, os factos de ser imortal e apresentar uma enorme percentagem de um metal indestrutível no esqueleto, o nosso protector português, apresenta uma enorme percentagem de álcool por todo o corpo, o que lhe também atribui duas características bastante similares ao original… apesar de não ser imortal, dura uma eternidade, pois toda a gente sabe que o álcool ajuda a conservar… e regenera-se com relativa facilidade, pois é já ancestral a utilização de álcool para curar dói-dóis!
No entanto, Walvarinho teve uma infância difícil, principalmente porque nunca conseguiu compreender porque era tão diferente dos outros meninos da sua idade, e principalmente porque é que quando se enervava, lhe começavam a sair videiras do meio dos dedos das mãos. Esta era uma situação muito inconveniente, pois todos os meses, o seu pai era obrigado a fazer-lhe a poda, e a convidar a restante família para as vindimas. Por este motivo, Walvarinho nunca conseguiu fazer amizades, sendo que o mais parecido com um amigo que teve em criança, foi um vizinho que tinha a habilidade de sacar sandes de couratos do nariz… quando se juntavam os dois, era festarola garantida lá em casa. Sentindo- se à parte da sociedade, decidiu fugir de casa, e contar apenas consigo mesmo a partir daquele momento. Com o passar dos anos foi aperfeiçoando a sua habilidade, de maneira que passado algum tempo, já não expelia videiras pelas mãos, mas sim garrafas de vinho com selo de qualidade… provavelmente quem neste momento está a pensar que um herói que usa garrafas de vinho para combater os fazedores do mal é uma valente merda, é porque nunca experimentou levar com uma no meio da testa e ver se tem vontade de fazer o que quer que seja. Ao mesmo tempo, Walvarinho descobre também que o exército português tem capturado secretamente outras pessoas com habilidades, com o objectivo de a longo prazo, utilizar essas habilidades para realizar o maior arraial de todos os tempos. Ele decide então ir salvar todos os que estão injustamente aprisionados, naquilo que se adivinha ser uma missão bastante perigosa; assim que consegue libertar todos os companheiros, o final do filme dá a entender que muito possivelmente se virá a formar um grupo de super-heróis conhecido por “Chispe-Men”, liderado por um homem misterioso chamado “Professor Karamba”, um gajo que tem como principal habilidade, a capacidade de sacar umas massas valentes a uma grande quantidade de otários… é portanto uma espécie de controlador de mentes!

sábado, 4 de julho de 2009

Ghandis De Nova York




Se há ponto que os filmes “Ghandi” e Gangs de Nova York” têm em comum, é o facto de serem completamente diferentes um do outro… eh pá… por vezes consigo ter pensamentos tão profundos, que se os conseguisse entender, e caso não quisesse sofrer uma embolia pulmonar, precisaria de fazer subidas graduais de descompressão para sair deles!

Enquanto que em “Gangs de Nova York”, a violência é o ingrediente principal, sendo que os protagonistas chegam mesmo a digladiar-se com facas mais grossas que as duas pernas juntas do Ghandi… já “Ghandi”, caracteriza-se pelo recurso ao uso da não-violência como forma de protesto, e com um protagonista principal, que pelo aspecto e pela fatiota, veio cinco anos mais tarde a desempenhar o papel do pirralho no filme “Três Homens e Um Bebé”. Quanto ao filme propriamente dito, passa-se em Nova York, no ano de 1863, quando a cidade era naquela altura controlada e disputada por diversos gangs; A história centra-se num rapaz chamado Zé Ghandi, um descendente de imigrantes que em criança assiste à morte do seu pai, às mãos de um líder de um gang rival que defende a expulsão de todos os imigrantes da cidade. Já em adulto regressa a Nova York para se vingar do homem que lhe destruiu a infância e honrar assim, o nome da família Ghandi. Assim que chega à cidade, Ghandi recruta um pequeno exército de imigrantes e forma um gang com o intuito de se opor ao gang rival que detém o domínio de Nova York, nem que para isso tenha que recorrer ao uso da não-violência gratuita. Chamo particular atenção para o duelo final entre os dois gangs que é deveras impressionante, com cenas de acção incríveis em que a não-violência é de tal ordem que chegam mesmo a acontecer algumas mortes não-violentíssimas; A maior parte dessas mortes são originadas por greves de fome levadas ao extremo, sendo que inclusive, dois ou três indivíduos morrem também graças a greves de oxigénio; Se por um lado, estas últimas me pareceram bastante naturais, principalmente depois de ter dado uma vista de olhos à teoria de evolução das espécies de Charles Darwin, por outro lado pareceram-me simplesmente estúpidas, pois quando Darwin a formulou, possivelmente ainda não tinha à sua disposição o recente estudo que concluia que por cada besta-quadrada que morre, nascem duas de valor equivalente. De qualquer maneira e para terminar, parece-me ser um filme bastante aceitável pois não é todos os dias que se vê um homem de fraldas a levar na tromba e a oferecer a outra face.

sábado, 27 de junho de 2009

Caça Fantasmas Vs. Em Contacto




Recordo-me com relativa saudade do tempo em que para lidar com fantasmas, podíamos sempre contar com um grupo de quatro marretas, que com umas armas especiais de feixes de protões ou lá o que era, davam cabo do canastro a qualquer alma penada que nos viesse incomodar. Pelos vistos eram tempos em que, à excepção do conhecido fantasminha verde chamado “Viscoso”, todos os outros fantasmas tinham como intuito principal, fazer o mal à humanidade em geral. Ora, o tempo passa, e a maneira de lidar com estes assuntos também; se primeiro foram os animais a terem direito a psicólogos, (por falar nisso, precisava que algum fosse a minha casa, porque tenho uma aranha a morar no meu quarto à duas semanas, e apesar das conversas que tenho tido com ela, não aparenta querer ir embora, o que me vai obrigar em último recurso, a tentar persuadi-la com um banho de chuveiro de Raid Casa e Plantas) agora também os fantasmas têm problemas do foro psicológico, problemas esses que são agora resolvidos numa série televisiva, por uma gaja que consegue ver e ouvir almas penadas e não descansa enquanto não as ajudar. Antes de mais, salientar o facto de que uma pessoa que passa o dia inteiro atrás de fantasmas, a fazer figura de maluca, e sem receber um tostão por isso, consegue no final do dia pegar no seu belo carro e ir para a sua bela vivenda descansar. Depois, chamar a atenção para o respeito e discrição que a maioria dos fantasmas aparenta ter, pois quando lhe aparecem, nunca apanham a gaja a tomar banho, a ler uma revista na retrete, ou em avançada galhofa com o companheiro; parece-me que devem estar à espera que ela acabe, para depois aparecer e dizer… “Olhe, desculpe…”. No final, tudo se resolve, pois lá vai ela bater à porta da pessoa com quem o fantasma tem algum assunto pendente e acontece uma conversa deste tipo:
Mulher do FantasmaQuem é?
GajaA senhora não me conhece, mas eu consigo falar com o seu marido e tenho uma mensagem dele para lhe transmitir.
M.F.Desculpe mas deve estar a brincar comigo. Vá embora antes que eu chame a polícia.FantasmaDiga à minha mulher que na nossa noite de núpcias, fizemos marotices quase três vezes seguidas.
A gaja diz-lhe e a mulher deixa-a entrar.
GajaOlhe, o seu marido não consegue deixar este mundo, enquanto não lhe disser que quando morreu, deixou uma torneira aberta cá em casa. E toda a gente sabe que o preço da água está pela hora da morte.
M.F.Muito obrigado, vou já verificar todas as torneiras da casa. Realmente nos últimos cinco anos, tenho recebido contas escandalosas de água mas nunca me tinha apercebido porquê. Já agora, o meu marido não me quer dizer mais nada para além disso?
GajaSim. Também se está a queixar de um ardor nos sovacos, mas não se preocupe que ao irmos embora, passo com ele na farmácia e compro-lhe um desodorizante sem álcool para acalmar a irritação.
M.F.Rais’parta o homem que desde novo sempre teve problemas na sovaqueira. Ok, então até à próxima.
E lá vai o fantasma todo contente passar para o outro lado.

sábado, 20 de junho de 2009

Godzillas Na Bruma



É bastante possível, que as cerca de uma pessoas que realmente disponibilizam escassos minutos da sua atarefada vida para ler as patacoadas que eu ando para aqui a escrever, já estejam um pouco fartas de aturar os posts em que eu digo qualquer coisa como “ outro dia vi um filme e lembrei-me…”; por isso, e para todas essas almas caridosas vou especialmente iniciar este post de uma maneira completamente original…
...De hoje a quinze dias vi um filme chamado “Godzilla” e lembrei-me que talvez o pudesse misturar com “Gorilas na Bruma”; Quanto ao primeiro filme devo dizer que gostei muito porque me fez chorar a rir… no que toca ao segundo, detestei, porque não só me pareceu um bom filme, como me fez chorar à séria, e eu não estou para aturar mariquices dessas; provavelmente teria sido uma atitude mais à macho visionar uma possível versão porno do filme que se poderia muito bem chamar por exemplo de “Gorilas na Bruna”. Quanto à mistura, poderia narrar a história de uma zoóloga, que decide ir estudar a vida de um grupo de godzillas de montanha no Ruanda. Depois de anos a viver e a conviver com eles, ela desenvolve com eles uma relação de mútua confiança, conseguindo inclusive brincar com os mais novos. Tudo muda quando o godzilla preferido dela é morto por caçadores furtivos com o intuito de lhe cortarem as mãos para fazerem umas belas e confortáveis poltronas. A zoóloga inicia então um enorme protesto público contra as mortes de godzillas, e a pouco e pouco começa a não ser muito bem vista, tanto pelos caçadores furtivos como por militares corruptos do exército que também ajudavam ao esquema. O filme termina com a zoóloga a ser encontrada assassinada, e embora nunca se tenha descoberto por quem, há quem sugira que terá sido pisada por um godzilla com o cio.
Adenda: A morte de godzillas no continente africano, tem sido um problema recorrente devido ao elevado valor destes espécimes no mercado negro. Presume-se que grande parte deles tem como destino principal o continente asiático, onde a população em geral crê que determinados órgãos dos godzillas contêm propriedades curativas e até mesmo afrodisíacas. Na minha opinião, esta malta devia era levar com um fígado de godzilla em cima do cachaço, pois eu também tenho crenças, e uma delas é que a morte eventualmente cura todos os problemas e doenças.

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